Call entre BlackRock e XP
Introdução:
A BlackRock é a maior gestora de recursos do mundo, com atuais US$7.3tri sob custódia. Além de soluções nas diversas classes de fundos que atua, possui também ETFs próprios, os chamados IShares, além de serviços financeiros atrelados a tecnologia, como o Aladdin. A gestora foi criada em 1988, tem sede em Nova Iorque e atua diretamente no Brasil desde 2008. Vale dizer, que a companhia é hoje listada em bolsa nos EUA e possui presença global em mais de 100 países. Laurence D. Fink é o fundador e atual CEO da BlackRock. Antes de fundar a gestora com outros 7 sócios, Larry se formou em ciências políticas na UCLA e fez MBA na mesma universidade.
Comentários:
Na visão da gestora de alocação global da BlackRock, Kate Moore, dada as recentes notícias de vacina e provável reabertura das economias, 2021 terá a volta ao normal das atividades econômicas. Kate está com uma visão otimista para os mercados de equities, principalmente nos EUA e nos mercados emergentes, já que com a crise do coronavírus as empresas mostraram sua resiliência à cenários adversos, além das grandes empresas listadas, em grande maioria, aumentarem market share em seus respectivos setores.
A gestora acredita em um ambiente de liquidez construtivo para 2021, tendo em vista os estímulos já fornecidos e os que ainda estão por vir, e mesmo que as metas de inflação fiquem um pouco acima do esperado, os bancos centrais ao redor do planeta devem manter os juros baixos e continuarão aumentando seus balanços via compra de ativos, tornando-se um ambiente extremamente favorável para as bolsas globais.
Na visão da BlacRock, os valuations nos EUA estão e devem permanecer esticados, pois com mais investidores fugindo de títulos de renda fixa e maior acesso à informação, consequentemente os múltiplos acabam ficando mais caros.
Por fim, o recente movimento cíclico no mercado, migrando de growth e indo para value, na visão da gestora não tem tanto fundamento no longo prazo, já que os setores que se beneficiaram, como bancos e utilities, não possuem fundamentos tão bons. Logo na visão dela foi apenas uma neutralização, pois esses setores estavam bem descontados. Por fim, para Kate os setores de tecnologia, consumo e healthcare terão destaque positivo ao longo dos próximos anos.
Time de Análise MZR