DESTAQUES
· No final de 2018, as preocupações com a desaceleração das principais economias globais impactaram negativamente os ativos de risco.
· No ambiente de aversão o risco, foram beneficiadas as posições do fundo compradas em títulos públicos americanos. Após esse movimento de mercado, os gestores reduziram as posições.
· A percepção piorada da saúde financeira das empresas nos EUA levou à desvalorização dos títulos de dívida corporativa, prejudicando a parcela de crédito do fundo.
PANORAMA
O ambiente de aversão a risco e volatilidade elevada marcaram os mercados no final de 2018, na medida em que se intensificaram as preocupações com a desaceleração das principais economias globais. Além disso, as incertezas quanto à postura do banco central americano (Fed) e a paralisação do governo, assim como o desenrolar das disputas comerciais não resolvidas coma China, contribuíram para o movimento de venda generalizada de ações. Em dezembro, o índice de ações americanas (S&P 500) teve queda expressiva de -9,2%.
Com a perda do apetite de risco, cresceu a demanda por ativos seguros, como os títulos públicos dos EUA, o que resultou na queda das taxas de juros e valorização dos papéis. Com isso, o fundo PIMCO Income foi beneficiado ao longo do mês por suas posições compradas nesses ativos, a maior contribuição de performance. Para aproveitar essa movimentação de mercado, os gestores acabaram reduzindo tais posições.
Na ponta negativa, as preocupações com o crescimento nos EUA põe em cheque as projeções de lucro das empresas e consequentemente a percepção da saúde financeira das companhias, de forma que os títulos de dívida corporativa foram desvalorizados, principalmente os de maior risco de crédito. Em dezembro, as posições do fundo em emissões corporativas foram os maiores detratores.
Por fim, apesar de o fundo investir prioritariamente nos mercados de crédito e juros, seu portfólio apresenta um livro de moedas, que contribuiu para a performance. Essa parcela representa uma fonte de diversificação e hoje está comprada em moedas de países emergentes.
CARTEIRA
JUROS: O fundo continua comprado em títulos de países de baixo risco soberano, como EUA e Austrália, que apresentam contas corrente saudáveis. O prazo médio total da carteira do fundo é de 2,3 anos.
CRÉDITO: A parcela de crédito do fundo se divide em papeis hipotecários e ativos corporativos, concentrados na faixa de baixo risco de crédito principalmente.
MOEDAS: O fundo segue com posições compradas em moedas de países emergentes (México, Rússia, Argentina, Turquia) contra o dólar, como fonte de diversificação. A exposição dessa cesta é limitada a 10% do fundo. Além disso, o fundo está comprado em dólar contra moedas de desenvolvidos (Austrália, Japão, Nova Zelândia).
EMERGENTES: O fundo tem exposição a dívida de países emergentes, com qualidade construtiva de conta corrente, como México, Brasil e Rússia, tanto em moeda local quanto em dólar.
Call realizado pelo time de fundos da XP Investimentos em 15/01/2019