O Brasil não tem tempo a perder. Ao não avançar rapidamente na pauta de reformas, como a da Previdência, o país pode deixar passar uma importante fresta de liquidez que se abriu para os mercados emergentes, com a interrupção no ciclo de alta de juros nos países desenvolvidos e o programa de estímulos da China.
Portanto, o país precisa ter pressa, criando um cenário interno favorável (com a aprovação de algumas reformas), para conseguir fisgar uma parte dos recursos que tem os países emergentes como destino, grupo no qual o Brasil se encontra.
Quem faz o alerta é Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, um dos gestores de fundos que os investidores — e os demais gestores de recursos — mais se dedicam a ouvir nos últimos anos.
Para ele, “o desgaste desse governo tem se mostrado mais rápido do que se esperava". "Quanto mais tempo demorar, pior. Porque janela para os emergentes, para o setor externo, pode se fechar e o encaminhamento da reforma ficar mais complicado do que se imagina. O tempo está muito contra a gente”, afirma.