Call entre a ACE Capital e a MZR Consultoria
Introdução
A ACE Capital é uma gestora de recursos independentes fundada em 2019 e com cerca de R$ 720 milhões de ativos sob gestão. A equipe é composta por 18 colaboradores sendo 10, aproximadamente, ligados diretamente ao time de gestão, todos sócios. Alguns de seus principais executivos são Fabricio Taschetto (CIO) e Ricardo Denadai (Economista-Chefe). Boa parte do time trabalhou junto por anos na tesouraria do Banco Santander antes de se juntarem novamente na asset.
A filosofia de investimentos conta com discussões recorrentes para reavaliação e análise dos portfólios, controle de risco e diversificação, tanto entre as estratégias como entre os gestores, que tem diferentes perfis para gerir as posições e books independentes. A cultura baseia-se na proteção de patrimônio com posições estruturais e dinâmicas, mas preponderantemente em busca de trades constantes.
A casa apresenta um único produto, o ACE Capital FIC FIM, sendo este um fundo multimercado iniciado em setembro de 2019.
Sobre o Fundo: ACE Capital FIC FIM
O produto da ACE Capital, é um fundo dinâmico e tem como grande diferencial a diversificação tanto de pessoas como de estratégias, buscando unir diferentes abordagens para reduzir a volatilidade e gerar retorno. O target de retorno é CDI + 8%, com volatilidade entre 6% a 8%. A capacity do fundo é de R$ 3 bilhões.
A alocação de risco por estratégia que a carteira busca manter é de 18% em renda fixa, 19% em renda variável, 19% em moedas, 10% em valor relativo, 7% em internacional e o restante está nas mãos do Diretor de Investimentos. Embora, a parte internacional possa ter um percentual maior, tendo em vista que os demais books também têm posição offshore.
Desde o início do fundo, em setembro de 2019, até o início da pandemia, em fevereiro de 2020, os gestores acreditavam na reestruturação do Brasil, com a perspectiva de sucesso de várias reformas, o que motivou a aplicação em bolsa brasileira. As empresas investidas eram domésticas, pensando na linha que o setor privado iria ocupar o lugar deixado pelo setor público. Além disso, tinham posições aplicadas em juros e em dólar x real.
Em meados de fevereiro, com a grande piora do mercado offshore, os gestores começaram o processo de redução de risco, buscando a proteção da carteira. Começaram com posições em long dólar e aplicados em treasury, hedges que conseguiram amortecer a performance da carteira. Ainda, cada gestor tem stops formais que foram acionados durante a crise, eliminando as posições na bolsa brasil em fevereiro e março.
O portfólio teve drawdown de 4,5% no início da pandemia, mas com novas posições táticas conseguir forte recuperação já em março. No final de março, voltaram a retomar o risco aos poucos, fazendo stock picking em bolsa brasil, abrindo um veículo offshore, mas mantendo boas aplicações em renda fixa, na parte curta da curva de juros e em dólar x real.
Em julho, a performance do fundo foi de 2,89%, equivalente a 1,485% do CDI. No ano tiveram 8,53% de retorno e desde o início acumulam 12,39%.
Time de Análise MZR