Call – Canvas Capital

Gestoras

Call entre a Canvas Capital e a MZR Consultoria

Introdução

A Canvas é uma gestora independente fundada em 2012, que busca oferecer investimentos alternativos para estratégias multimercado e de crédito (9 fundos no total, incluindo o fundo de previdência). Em 2016, a gestora se uniu a Advent, para enfim criação da Canvas Capital. A casa conta com mais de 50 funcionários, mais de 20 profissionais de investimento, em um modelo de partnership com cultura meritocrática e participação minoritária não votante do Credit Suisse. Além disto, possui hoje mais de R$ 11 bilhões de ativos sob gestão.

Os sócios fundadores são Antonio Quintella e Sergio Blatyta. Quintella foi CEO do Credit Suisse Brasil e do Credit Suisse Américas entre 2003 a 2012. Dos principais sócios, Alexandre De Zagottis, que foi presidente e CIO da Advis, e Blatyta não estão mais na gestora. Os dois que saíram, juntamente com Guilherme Gaertner e Eduardo Bodra, eram responsáveis pela estratégia multimercado.

Sobre o Fundo: Canvas Vector

A estratégia possui histórico de aproximadamente 5 anos, no entanto, fazia parte de um dos books dentro do fundo multimercado da casa. Há aproximadamente 2 anos e meio tornou-se um portfólio independente mantendo a gestão de Francisco Funari. Francisco é formado pela FEA em administração de empresas, tem 11 anos de experiencia de mercado, com passagens de 7 anos pela Advent, Point Break Capital e Schroders. Hoje ele também faz parte do comitê de investimento do Projeto Gauss.

O Canvas Vector é um fundo com estratégia sistemática na busca de beta, sem nenhuma alocação local por mandato e com exposição em mais de 40 países. A estratégia também fornece um diferencial, pois ao utilizar a gestão sistemática com foco em prêmio de risco, faz análises mais profundas, buscando operações que não envolvem “prever o futuro”. A questão de não precisar "prever o futuro" advém do fato das operações terem "carrego" positivo, ou seja, caso não haja distorções relevantes nos preços, o fundo vai performar bem. O uso de algoritmos neste caso, ao contrário dos fundos quantitativos, se dá na otimização da montagem do portfólio, na tentativa de maximização do índice Sharpe.

O retorno do produto pode ser decomposto entre um componente de price action, que fornece rentabilidade pela variação dos ativos, e um componente yield, similar a um componente de renda. O objetivo da gestora é posicionar o fundo como um produto de longo prazo e com uma carteira bastante diversificada para surfar no “carrego” bem elevado em momentos de crise. Assim, a carteira já fornece retorno de CDI + 5%, mesmo se nada acontecer. Atualmente, durante a pandemia, o “carrego” tem se mantido em CDI + 12%, o que fornece um bom retorno para a carteira, mesmo com os preços dos ativos ainda estando baixos. Por fim, a volatilidade histórica encontra-se em linha com o target de próximo a 7% com o PL total em aproximadamente R$1.8bi.

Algumas das estratégias do portfólio são: um book cíclico, altamente correlacionado com bolsas globais; um book direcional, comprando títulos soberanos de países desenvolvidos e com Banco Central independente (extremamente defensivo); um book de moedas, comprando moedas de países emergentes e com juros baixos e vendendo moedas de países com juros baixos; um estratégia de “carrego” das posições de juros, tomando na taxa longa e se financiando na taxa curva.

Os critérios de determinação dos pesos dos ativos na construção da carteira são: o “carrego” (proxy para o retorno esperado), a volatilidade de cada ativo e a correlação com os outros ativos da carteira. Quanto menor o risco, maior o yield e menor a correlação do ativo com a carteira, maior o peso que será atribuído a ela. A reciclagem de posições totais da carteira está em 30% em média por ano de acordo com o gestor.

Time de Análise MZR

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