Call entre Wellington e Infomoney - 27/11
Sobre a gestora:
A Wellington Management possui mais de US$1tri sob gestão e é atualmente uma das maiores casas de investimento do mundo. A gestora foi fundada em 1994 e possui mais de 800 profissionais diretamente ligados ao time de investimentos. Ao todo são 146 portfolio managers, entre múltiplas estratégias, com experiência em média de 24 anos. Atualmente, a gestora possui 14 escritórios localizados em diversas regiões do mundo e mais de 2200 clientes em 60 países.
Comentários:
Com a notícia das vacinas, dos estímulos fiscais e da reabertura gradual das economias, a Wellington está assumindo uma postura pró-risco no cenário dos próximos 12 meses, tendo como base que a maioria da população dos países desenvolvidos será vacinada até o final do primeiro semestre de 2021. No ponto de vista da Nanette Jacobson, estrategista global da gestora, a vacina é o principal catalisador da rotação de ativos de crescimento para ativos de valor. Tendo em vista tal cenário, se posicionam moderadamente otimistas com ações de mercados desenvolvidos, com posição neutra nos EUA devido as máximas históricas recentes, além de valuations bem esticados. Sendo assim, preferem mercado europeu e japonês, pois ainda apresentam perdas entre 10 a 15% no ano.
Nos mercados emergentes a gestora apresenta posição neutra, já que a China, que representa 40% do índice, já passou por forte alta nos mercados, enquanto os outros emergentes se endividaram consideravelmente durante a crise do coronavírus, além de que a vacina demorará mais para ser distribuída nesses países.
A estrategista acredita que estamos no início de um novo ciclo econômico, e sendo assim, historicamente ações de value performam bem no início e no meio do ciclo, justificando a alocação nesses setores. Além desse fator, com um cenário de dólar mais fraco, historicamente países emergentes e setores de value desempenham melhor.
O principal risco mapeado pela gestora vem dos altos estímulos fornecidos pelos bancos centrais ao redor do mundo, abrindo espaço para uma retomada da inflação. Porém, para esse cenário, aumentaram exposição em commodities, recurso naturais e títulos públicos globais indexados à inflação.
Por fim, a visão é otimista para 2021, mas vale ressaltar que o trigger para esse crescimento é a capacidade de vacinação dos países. Ademais, estão posicionados majoritariamente nos setores de tecnologia, consumo discricionário, bens de consumo básicos, bancos e commodities.
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