Call entre MZR Consultoria e Moat Capital
Sobre a gestora:
A Moat Capital é uma gestora de recursos independente fundada em 2015 e 100% focada na gestão de ações. Atualmente conta com um patrimônio de aproximadamente R$6bi sob custódia em quatro principais estratégias: Long only, long biased, Equity Hedge e Previdência. O time hoje possui 20 pessoas, sendo que os 3 principais sócios possuem aproximadamente 60% da participação na empresa, vale dizer que a Moat hoje não adota modelo de partnership. Além disto, diretamente no time de gestão tem-se 9 pessoas, dentre elas os PMs, Cassio Bruno e Luiz Aranha. Cassio tem passagens pelo Itaú, Banco Votorantim e Ashmore. Antes de entrar na Moat, foi diretor e sócio de investimentos responsável pelo time de ações da Canvas. Ele é formado pela Poli-USP e faz parte do time da da asset desde 2015. Em termos de passivo, bancos e MFOs correspondem a 51% do PL, plataformas 27%, fundações 19% e 3% oriundos da própria gestora.
Sobre o fundo Moat Equity Hedge:
A análise e seleção dos ativos é feito via análise fundamentalista bottom up. O fundo se caracteriza por ser um long short com tributação de renda variável e que possui cinco estratégias centrais de alocação. A primeira delas refere-se a posições intrasetoriais (mesmo setor) na busca de geração de valor em duas empresas do mesmo ramo. Neste caso, o risco total bruto pode atingir até 165%, sendo que posições de empresas brasileiras listadas fora do país não podem ultrapassar o máximo de 20%. Em segundo, é a estratégia de classes, como por exemplo (ordinárias vs. Preferencias), com limite máximo de 50% de exposição bruta. Em terceiro, alocação em pares de setores distintos, com até 40% de exposição e por fim alocações direcionais em índices/ações que individualmente podem ter até 15% de exposição.
Em termos de exposição atual, o fundo possui concentração de no máximo 20% no segmento intrasetorial e os setores com maior exposição são: Utilidade pública (18%), varejo (17%) e financeiro (16%). A estratégia busca manter nível neutro de posição direcional, mas pode oscilar entre -20 a 20% positivo. Em termos de posição, o máximo em um único papel é de 6%, com stops definidos a cada 2.5% de queda no par, onde deve-se por mandato diminuir posição.
Do ponto de vista de retorno alvo, volatilidade e controle de risco, a gestora diz buscar no veículo long short um target de CDI+5%. Desde a criação, a estratégia apresenta volatilidade anualizada de próximo a 7%, com retorno nominal de 72% ou 192% do CDI e índice sharpe de 0.9. Especificamente em 2020, o fundo possui retorno bastante atrativo com alta de mais de 11% ou 500% do CDI, volatilidade de 9% e Sharpe de 1.4.
Time de análise - MZR