A China decidiu enviar seu principal negociador comercial a Washington para a retomar as negociações e confrontar as demandas americanas que Pequim vem resistindo assim como o prazo estabelecido pelo presidente americano Donald Trump para elevar as tarifas punitivas sobre produtos chineses.
No topo da agenda de discussão, está a demanda dos Estados Unidos para que o acordo comercial estabeleça uma relação de leis e regulamentações que Pequim deve se comprometer a revisar, segundo fontes. O governo do presidente Xi Jinping se opunha a incluir tal lista, acrescentaram essas fontes. A gestão Trump, por sua vez, vê essa lista como essencial para garantir que a China cumpra com suas promessas de mudanças estruturais.
Ao decidir manter a viagem do vice-premiê a Washington, a liderança chinesa concluiu que uma total ruptura nas negociações poderia ser difícil de reverter e teria custos sobre a economia chinesa, indicaram fontes. Mas ao tomar essa decisão, os líderes chineses abandonaram sua posição pública de que Pequim não negociaria sob ameaça.
As desavenças entre os dois países sobre o texto do acordo comercial se somam à questões ainda pendentes que incluem os subsídios as companhias estatais chinesas e a abertura de mercados chineses estratégicos, como a computação na nuvem. Isso teria motivado os tuítes de Trump no fim de semana, no qual fez a ameaça de elevar de 10% para 25% as sobretaxas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas.