Live realizada pela com Aline Rezende, responsável pela relação com investidores da asset
Introdução
A Reach Capital é uma gestora independente de recursos fundada em 2017 após a cisão com a Mogno, fundada em 2015. Na época toda a parte de gestão foi dividida da área de Private Banking. A gestora hoje conta com 13 pessoas, sendo 7 sócias.
Atualmente o FIA tem R$150mi de PL, sendo que o passivo está dividido em recursos dos próprios sócios (15% do total), 10% em plataformas abertas distintas e o restante em contatos da própria gestora e Family offices. No mais, acreditam que o fundo tem capacity de aproximadamente R$1.5bi.
Comentários
Ricardo Campos é o principal sócio da gestora. Ricardo, iniciou sua carreira em 1997 no Salomon brothers, até ser convidado por Luis Stuhlberger para ser analista do fundo Verde na Griffo. Na época, o fundo contava com apenas R$3mi sob gestão e Ricardo foi o primeiro analista a trabalhar diretamente na gestão. No mais, ele é graduado pela FGV e tem mestrado em matemática pela USP.
O segundo maior sócio da Asset é Igor Barenboim. Após a saída da Gávea, Igor fez PHD em Harvard e na volta foi chamado para trabalhar na tesouraria do BBA. Em seguida participou do ministério da fazenda, onde foi secretário de políticas microeconômicas, até entrar na Mogno e finalmente ir para a Reach.
Sobre os fundos
A casa hoje trabalha basicamente com duas estratégias principais, o Reach FIA, Long Only da Asset e o Reach total return (apenas para investidores qualificados), fundo que mescla a carteira de ações do FIA com posição em juros, câmbio e ETFs. Além disto, a gestora conta agora com um fundo de previdência, que replica o fundo Reach FIA, levando em consideração os limites impostos pela nova regra da SUSEP.
Entrando mais no detalhe das estratégias, temos no Reach FIA um fundo que historicamente está entre 70 a 100% long, volatilidade próximo a 15%, podendo montar proteções e trabalhar com caixa. Por ser um fundo enquadrado na resolução 466-1 da CVM para fundos de pensão, a estratégia não pode se alavancar. Os controles de risco e stops não são feitos por cada analista, mas sim por papel (caso haja uma queda superior a 7% há uma reunião e o comitê decide se zera ou não a posição).
Outro ponto interessante citado no call são os controles de risco adotados pela gestora. Ela conta com suporte de lote 45, pela qual foi fundada por ex-funcionários do banco Garantia. O sistema atualiza as informações a cada 3 minutos, medindo informações como: controle de liquidez, nível de volatilidade, var, stress e todas as demais métricas em tempo real.
Sobre o universo de cobertura, a Asset afirma que não há preconceito com os papeis que podem compor o fundo, embora haja necessidade de sempre checar a liquidez que a ação tem em bolsa. Em resumo, são sempre de 10 a 18 empresas que compõe o portfólio, com visão de longo prazo e análise bottom-up. Small, mid e large caps podem fazer parte do fundo, sendo que nenhuma posição pode ultrapassar o limite de 20% ou no máximo 40% em um mesmo setor.
Outro ponto interessante é o score que cada analista possui e a forma como são remunerados. Os analistas são divididos por setor e dão notas de 0 a 10 para o universo de papeis cobertos. A nota 0 significa que não vão olhar o papel e a nota 10 significa uma cobertura extremamente detalhada. Os analistas também são incentivados a estarem na “rua”, conversando com fornecedores, funcionários, analistas de outros bancos, CEOs, CFOs, etc. Em cada encontro, ganha-se uma pontuação que pode favorecer os analistas no bônus semestral.
Time de análise MZR