Juros
Com a trégua no fluxo negativo de notícias no ambiente político do país, o mercado local voltou a seguir o ritmo de negócios do exterior, e o clima positivo lá de fora foi o que determinou a queda dos contratos futuros.
O PMI industrial da China, medido pela Caixin, subiu acima de 50,0 – para 50,87 – pela primeira vez em quatro meses. Ao mesmo tempo, tanto o governo dos Estados Unidos quanto o da China deram sinais positivos sobre o avanço das negociações comerciais entre as duas potências.
Ao olhar o ambiente local de negócios, no entanto, Rogério Braga, da Quantitas, acredita que alguma sequela vai ficar no mercado em decorrência do nervosismo visto nas últimas semanas. “Essa volatilidade, de alguma maneira, causou um pouco de apreensão no mercado. Embora o cenário estrutural continue o mesmo, os riscos parecem um pouco maiores. E é natural que os investidores reduzam posições”, explica.
DI1F20: 6,49% (- 4 bps)
DI1F21: 7,04% (- 10 bps)
DI1F23: 8,09% (- 15 bps)
DI1F25: 8,62% (- 13 bps)
DI1F27: 8,94% (- 12 bps)
Câmbio
O mês de abril começou com sinal de alívio para o mercado de câmbio, dando espaço para o dólar sair da marca de R$ 3,90. Investidores se desfizeram da proteção da moeda americana, apoiados pela surpresa positiva com dados do setor industrial chinês, que amenizam a preocupação com o ritmo da economia global — algo particularmente importante para a classe de emergentes.
Foram justamente as moedas de mercados em desenvolvimento que lideraram os ganhos contra o dólar, numa lista das 33 principais divisas globais. Rand sul-africano, peso chileno e lira turca encabeçaram o movimento, enquanto o real brasileiro ficou na sétima melhor posição.
Por aqui, o dólar futuro (DOLK19) fechou em baixa de -1,74%,aos R$ 3,8595. Vale dizer, contudo, que o nível é bem mais elevado que as mínimas do ano, quando bateu R$ 3,65. De acordo com profissionais de mercado,existe um grau elevado de cautela com a tramitação da reforma da Previdência, oque inibe uma redução mais intensa do prêmio de risco no mercado.
Bolsa
O Ibovespa deu a largada ao mês de abril de volta à faixados 96 mil pontos, estimulado pela maior demanda por risco no exterior. Com dados melhores na economia chinesa, as commodities metálicas tiveram importante valorização e os mercados emergentes se beneficiaram da liquidez mundial.
O resultado disso foi um Ibovespa em alta de 0,67% hoje, aos 96.054 pontos, depois de tocar os 96.752 pontos na máxima intradiária. Vale notar, porém, que o giro financeiro foi mais fraco e somou R$ 9,8 bilhões, contra R$ 12 bilhões de média diária negociada nos pregões de 2019.
Nos destaques do dia ficaram papéis ligados aos preços internacionais do minério de ferro, caso das siderúrgicas e da Vale. A ON da mineradora subiu +3,28% hoje, mesma direção de Gerdau PN (+6,21%), Gerdau Metalúrgica PN (+6,19%), CSN ON (+4,12%) e Bradespar PN (+3,42%).
Ainda entre as “blue chips”, os bancos tiveram uma movimentação mais modesta: Bradesco ON subiu +0,18%, enquanto Bradesco PN avançou +0,80%; Itaú Unibanco PN teve queda de -0,74%. A Petrobras ON encerrou com queda de -0,90%, enquanto Petrobras PN cedeu -0,21%.
Fontes: Valor e Infomoney