Fechamento de Mercado (03/05/2019)

Gestoras

Juros

Os contratos de juros futuros encerraram a sexta-feira em forte queda com os investidores de olho no ritmo de crescimento da atividade econômica, após a divulgação dos dados da produção industrial, poucos dias antes da decisão de política monetária do Copom.

A atividade persistentemente baixa, o que foi reforçado nesta sexta pelos dados de queda da produção industrial em março, abre espaço para o recuo das taxas nos DIs. A produção industrial sofreu contração de -1,3% em março ante fevereiro, num resultado que ficou abaixo da média esperada pelos analistas, de queda de -0,7%.

Destaca-se, ainda, a influência dos dados, divulgados hoje, do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que devem levar o Federal Reserve (Fed, o BC americano) a manter os juros inalterados por mais tempo. A geração de vagas de trabalho foi de 263 mil, acima dos 190 mil esperados pelo mercado, o que levou a taxa de desemprego a cair de 3,8% para 3,6%.

 

DI1F20: 6,46% (- 4 bps)

DI1F21: 7,05% (- 8 bps)

DI1F23: 8,14% (- 10 bps)

DI1F25: 8,67% (- 9 bps)

DI1F27: 8,99% (- 8 bps)

 

Câmbio

O dólar terminou a semana em clima de alívio, voltando a fechar bem próximo do patamar de R$ 3,94. O que contribuiu para o movimento foram os dados mistos nos Estados Unidos, que levaram investidores a reavaliar os comentários feitos, no meio da semana, pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Jerome Powell.

A moeda americana fechou em queda de -0,75%, aos R$ 3,9480, nesta sexta-feira, revertendo parte da alta acumulada na semana. O comportamento da moeda no dia está em linha com o do exterior, onde o dólar operou em baixa frente à maior parte das divisas emergentes, com destaque para o rand sul-africano (-1,23%) e o peso argentino (-0,64%).

Após uma semana fortemente concentrada no noticiário do exterior, a reforma da Previdência deve voltar ao centro das atenções, na semana que vem, com o início das sessões da comissão especial que analisa a PEC do governo. Profissionais do mercado avaliaram que a pausa após a CCJ, no entanto, não trouxe melhora perceptível do ambiente político envolvendo o tema.

 

Bolsa

Com o impulso das ações da Vale, o Ibovespa conseguiu voltar ao patamar dos 96 mil pontos nesta sexta-feira. No entanto, a alta do dia serviu apenas para recompor os preços de mercado, colocando tanto a ação da mineradora quanto o índice no mesmo nível de uma semana atrás.

O Ibovespa encerrou o pregão de hoje em alta de +0,50%, aos 96.008 pontos, mais distante da máxima intradiária, de 96.315 pontos. No acumulado da semana, o Ibovespa registrou leve queda de -0,24%. O giro financeiro de hoje foi mais uma vez fraco, ao somar R$ 9,6 bilhões, contra R$ 12 bilhões de média diária negociada nas sessões de 2019.

Nesta sexta, a Vale ON avançou +2,98%, mesma dinâmica das ações das siderúrgicas, caso da CSN ON (+8,01%), segunda maior alta do Ibovespa, e Usiminas PNA (+4,97%). A Petrobras terminou em leve alta (+0,17% a ON e +0,45% a PN), enquanto o Itaú Unibanco caiu -0,97%.

A maior alta do dia permaneceu com a Via Varejo (+9,18%), depois da aprovação, pelo conselho de administração, da retirada da cláusula de “poison pill”, ou pílula de veneno,do estatuto social da empresa.

Fontes: Valor e Infomoney

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