Juros
A alta dos contratos futuros de juros registrada ao longo desta segunda-feira perdeu força nos últimos minutos do pregão regular depois da divulgação de notícias sobre a proposta da reforma da Previdência que está sendo preparada pelo governo de Jair Bolsonaro.
Reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” traz informações sobre o que seria uma versão preliminar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Segundo o jornal, o governo quer propor a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e vincular a aposentadoria dos militares estaduais à das Forças Armadas. Leis complementares iriam estabelecer as regime próprio de previdência de policiais militares e integrantes do Corpo de Bombeiros.
Além do noticiário político, o Focus mostrou, nesta segunda,queda na mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019, de 4,00% para 3,94%. Além disso, a mediana das projeções para Selic recuou de 7,00% para 6,50%. Lá fora, o dia é de alta do dólar sobre moedas emergentes, o que gera pressão adicional nos ativos locais.
DI1F20: 6,37%
DI1F21: 6,98%
DI1F22: 7,62%
DI1F24: 8,37%
DI1F26: 8,72%
Câmbio
O mercado brasileiro até tentou se desvencilhar da alta global do dólar na tarde desta segunda-feira. Os investidores se afastaram pontualmente da proteção da divisa americana, assim que supostos detalhes de uma versão preliminar da reforma da Previdência começaram a ser divulgados.
Entre os pontos que mais chamaram a atenção está a definição de idade mínima de 65 anos sem distinção por sexo e a proposta de ajuste da idade mínima a cada quatro anos, conforme a expectativa de sobrevida, o que diminuiria a necessidade de outras reformas no futuro.
A cotação chegou a encostar na marca de R$ 3,66, mas o alívio durou pouco. O dólar futuro (DOLH19) fechou em alta de 0,25%, aos R$3,674, num sinal de que os agentes financeiros ainda aguardam novidades concretas da agenda fiscal para retirar prêmio de risco do câmbio.
Bolsa
As expectativas com uma reforma da Previdência capaz de controlar a escalada dos gastos públicos voltaram a dar suporte à alta do Ibovespa, que está agora a apenas 1,43% de atingir a simbólica e importante marca dos 100 mil pontos.
O dia começou com os investidores embolsando os ganhos do último pregão, mas logo as expectativas para a melhora da confiança e, consequentemente, da atividade brasileira reforçaram a alta dos bancos, que levaram consigo o índice ao patamar inédito dos 98 mil pontos no fechamento.
O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,74%, aos 98.589 pontos, máxima intradiária. Entre as maiores altas do Ibovespa, Bradesco ON encerrou em alta de 2,17% e Bradesco PN subiu 2,21%; a unit do Santander avançou 3,26%. O Itaú Unibanco PN teve avanço de 2,27%, enquanto Banco do Brasil ON ganhou 1,90%. A maior alta do dia ficou com a Gol PN (8,27%) que,como a Azul, reagiu à expectativa de que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anuncie uma redução da cobrança do ICMS sobre o querosene da aviação de 25% para 12%. Quem impediu o índice de avançar ainda mais e encurtar a distância para os 100 mil pontos foi a Vale (-3,39%), maior baixa do dia e um dos papéis de maior peso para o Ibovespa.
Fontes: Valor e Infomoney