Fechamento de Mercado (04/04/2019)

Gestoras

Juros

O mercado de juros teve um dia tranquilo com os investidores ajustando suas posições de olho em aspectos técnicos, como o leilão de títulos públicos pré-fixados, e as indicações de avanço da articulação do governo de Jair Bolsonaro com parlamentares, nesta quinta-feira. Como resultado da combinação dos fatores, os contratos encerraram o pregão

“Durante a manhã o mercado ficou, de certa forma, pressionado por causa do leilão de LTN e NTN-F, principalmente por conta da oferta de um novo vencimento, o julho 2023, embora estivesse dentro do cronograma”, explica Luis Laudisio, trader de renda fixa da Renascença.

“Vejo as reuniões de hoje como mais importantes do que a participação de Guedes na CCJ. Os investidores acompanham as declarações dos líderes partidários e o que Bolsonaro falará sobre a articulação política.”  

O movimento de melhora do mercado se intensificou após os comentários de ACM Neto, na saída da sua reunião com o Bolsonaro. O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM disse que o encontro marcou o início de “um novo momento” de diálogo com o governo.

 

DI1F20: 6,49% (- 3 bps)

DI1F21: 7,05% (- 4 bps)

DI1F23: 8,16% (- 8 bps)

DI1F25: 8,70% (- 9 bps)

DI1F27: 9,01% (- 10 bps)

 

Câmbio

A bateria de reuniões do presidente Bolsonaro, com dirigentes de partidos, iniciada nesta quinta-feira, fez melhorar a percepção sobre a articulação política do governo para a aprovação da reforma da Previdência no Congresso e levou o dólar futuro (DOLK19) a fechar em queda de -0,44%, aos R$ 3,8590.

A moeda norte-americana abriu o dia em baixa. O ativo, no entanto, chegou a reverter o movimento após declarações do presidente do PSD, Gilberto Kassab, de que a legenda não fecharia questão sobre o tema.

Ao longo do dia, por outro lado, prevaleceram as declarações do presidente do DEM, ACM Neto, de que o encontro com Bolsonaro inaugurou um "novo momento" de diálogo com o governo e que integrar a base do governo "é algo que pode acontecer".

 

Bolsa

Precificados os efeitos do bate-boca na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara ontem, o investidor de bolsa operou hoje um pouco mais calmo. A boa expectativa do mercado para encontros feitos hoje entre o presidente Jair Bolsonaro e dirigentes partidários deu alívio ao mercado, que aproveitou o respiro para levar o Ibovespa de volta aos 96 mil pontos.

O principal índice da bolsa encerrou com alta de +1,93%, aos 96.313 pontos, bem perto da máxima intradiária de 96.394 pontos. O giro financeiro atingiu a marca dos R$ 10,2 bilhões, novamente ganhando tração no fim do dia.

Entre as ações de destaque, fecharam em alta Bradesco (+1,62% a ON e +2,59% a PN) e Itaú Unibanco PN (+1,50%), além de Petrobras (+3,29% a ON e +3,38 a PN) e Vale ON (+0,73%).

Na tarde de hoje, o prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, disse que não houve avanço em relação ao fechamento da questão sobre a reforma da Previdência, mas classificou encontro realizado com Bolsonaro como o início de “um novo momento” de diálogo com o governo.

Há pouco, o presidente do MDB, Romero Jucá, afirmou também que a conversa com o presidente realizada hoje foi positiva e que o partido é favorável a uma reforma, mas que questões específicas serão discutidas.

Um dos poucos grupos que não aproveitaram o rali de hoje foram as ações das companhias de papel e celulose Klabin e Suzano. Os papéis das duas empresas lideraram as perdas, após o Credit Suisse reduzir a recomendação de ambos do equivalente à compra para neutra. Suzano ON encerrou com recuo de -3,11%, enquanto a unit da Klabin teve perda de -3,39%.

Fonte: Valor

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