Fechamento de Mercado (06/02/2019)

Gestoras

Juros

Os investidores de juros futuros ajustaram suas apostas antes do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim da tarde desta quarta-feira (6), e no aguardo das indicações da autoridade, o que levou as taxas de longo prazo para cima. Nesse contexto, as taxas de curto prazo mostraram estabilidade.

Com o mercado esperando que o BC mantenha o juro básico em 6,5% ao ano, patamar mantido desde março do ano passado, o Copom tem encontrado mais espaço para manter a sua postura flexível e acompanhar o desenvolvimento da economia sem alterar a sua estratégia de estabilidade no juro básico.

Ao longo do dia o cenário político também fez preço na curva a termo, com os investidores descontentes com indicações dadas tanto pelo Executivo quanto pelo Legislativo sobre a reforma da Previdência. A decisão do governo de enviar uma nova proposta de emenda constitucional (PEC) para a reforma da Previdência em vez de usar o projeto do ex-presidente Michel Temer gerou reação negativa, inclinando a curva.

 

DI1F20: 6,37%

DI1F21: 7,02%

DI1F22: 7,71%

DI1F24: 8,51%

DI1F26: 8,90%

 

Câmbio

O dólar consolidou a alta na tarde desta quarta-feira e voltou a fechar acima de R$ 3,70 numa sessão marcada pelo ajuste de posições em todos os segmentos do mercado brasileiro. O risco de que a reforma da Previdência demorará mais que o esperado para sair do papel exigiu uma correção das apostas dos investidores, enquanto buscavam refúgio na proteção da moeda americana.

De acordo com especialistas, a preocupação do mercado não se resume apenas numa data possível para votação da reforma, mas no prolongamento de um período de incertezas que deixam o mercado mais vulnerável a surpresas. Esse risco cobra um prêmio em todos os ativos do mercado brasileiro (bolsa, câmbio e juros), mesmo que a perspectiva ainda seja favorável à aprovação da medida e aos esforços do governo para o ajuste fiscal.

Evidência da busca por proteção, o dólar futuro (DOLH19) fechou em alta de 0,80%, aos R$ 3,7030.

 

Bolsa

A decisão do governo Jair Bolsonaro de enviar uma nova proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência forçou um ajuste para a bolsa desde a abertura. O Ibovespa teve o pior pregão desde a greve dos caminhoneiros, ao cair 3,74% e fechar na mínima intradiária de 94.363 pontos — menor patamar desde 16 de janeiro.

Conforme a bolsa foi ganhando tração ao longo da tarde, o movimento negativo foi ganhando ainda mais intensidade. Os participantes do mercado acabaram aproveitando a onda de saques para ajustar suas carteiras, seguindo o fluxo negativo.

No índice, o único papel a encerrar o dia positivo é mais um indicativo da busca por proteção por parte dos investidores: a ações da Suzano (SUZB3 ON) encerraram o pregão com alta de 1,18%. No resto do Ibovespa, os destaques negativos ficaram para os papeis de Cielo (CIEL3 ON), Marfrig (MFRG3ON) e JBS (JBSS3 ON), que caíram -7,42%,  -6,46% e -6,34%, respectivamente.

Fonte: Valor

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