Juros
Os contratos futuros de juros oscilaram levemente nesta terça-feira e terminaram praticamente neutros, mesmo com todo o nervosismo no exterior e que derrubou a bolsa e o real brasileiro.
Enquanto os demais ativos passam por momentos de aumento do prêmio de risco, os investidores de renda fixa estão concentrados na decisão de política monetária desta quarta e operaram em compasso de espera.
O Copom deve decidir amanhã pela manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano. No comunicado que acompanha a decisão, o principal ponto de atenção dos investidores deve ser para as indicações do BC para o ritmo da atividade econômica. Os dados macro vêm apontando um ritmo decrescimento aquém do esperado, o que tem gerado uma onda de revisões de projeção e fomentado a discussão sobre a possibilidade de corte de juros até o fim do ano.
DI1F20: 6,44% (- 1 bps)
DI1F21: 7,03% (- 1 bps)
DI1F23: 8,17% (+ 1 bps)
DI1F25: 8,68% (+ 0 bps)
DI1F27: 8,98% (- 1 bps)
Câmbio
O mau humor com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltou a assombrar investidores no Brasil e no exterior, levando o dólar a tocar rapidamente o patamar de R$ 4,00 no início do pregão.
Como na sessão da véspera, no entanto, a tensão do início do dia foi cedendo pouco a pouco, abrindo espaço para uma acomodação da moeda americana em patamares não tão pressionados. No final do dia, o dólar futuro (DOLM19) encerrou em alta modesta, de +0,13%, aos R$ 3,9800.
Segundo analistas, o dólar em um patamar de R$ 4,00 já é suficientemente atrativo para que exportadores e outros agentes entrem no mercado vendendo a moeda americana, o que deve criar um teto de curto prazo nesse patamar.
Bolsa
O Ibovespa absorveu boa parte das perdas registradas no momento mais agudo da aversão ao risco que dominou o cenário global hoje. Mesmo assim, o investidor ainda cobrou um prêmio de risco maior para entrar no mercado brasileiro, o que provocou a baixa do índice e nova desvalorização do real.
O Ibovespa terminou o dia em queda de -0,65%, aos 94.389 pontos. Na mínima intradiária, o índice chegou a tocar os 92.750 pontos. O giro financeiro, de R$ 12 bilhões, ficou exatamente dentro da média diária negociada nos pregões de 2019.
Entre as quedas mais expressivas, destaque para os setores de varejo e consumo, bancos, siderúrgicas e empresas de commodities. Houve melhora do desempenho de boa parte dos ativos, mas Bradesco (-1,40% a ON e -0,63% a PN), Itaú Unibanco PN (-1,12%) e Petrobras (-1,08% a ON e -1,57% a PN) continuaram no vermelho. A Vale ON foi a única a virar para o azul (+0,08%), colaborando para o alívio das perdas do Ibovespa.
Na maior alta do dia, a Sabesp ON (+3,57%) passou ao destaque depois da aprovação do relatório da Medida Provisória (MP) que altera o marco regulatório do setor de saneamento. Na outra ponta, Smiles ON (-5,95%) foi destaque negativo. Na noite de ontem, a Smiles anunciou que Leonel Dias de Andrade Neto deixa a presidência da companhia e será substituído por André Fehlauer.
Fontes: Valor e Infomoney