Fechamento de Mercado (08/02/2019)

Gestoras

Juros

Os investidores adicionaram prêmio ao longo de toda a curva de juros nesta semana, dos vértices curtos aos longos. A alta nas taxas é resultado da combinação entre um Comitê de Política Monetária (Copom) mais duro do que o esperado pelo mercado, indicações dadas pelo governo de Jair Bolsonaro de atraso na tramitação da reforma da Previdência em relação ao que era previsto e piora do ambiente global.

Nesta sexta-feira, pesou o ritmo mais negativo nos negócios no exterior, a situação da saúde do presidente Jair Bolsonaro, ainda debilitada, e as implicações desse fato na tramitação da reforma da Previdência. Com isso, houve novamente uma abertura nas taxas e inclinação, ainda que leve de toda a curva de juros.

 

DI1F20: 6,50%

DI1F21: 7,21%

DI1F22: 7,89%

DI1F24: 8,63%

DI1F26: 9,01%

 

Câmbio

O mercado de câmbio reforçou a dose de cautela na tarde desta sexta-feira, num movimento de busca de proteção que deixou o dólar bem perto da marca de R$ 3,75. De acordo com operadores, o salto da divisa americana contou com fatores técnicos, que intensificaram o avanço, em meio a reavaliação de riscos locais e externos.

O dólar futuro (DOLH19) ganhou tração durante a tarde e terminou em alta de 0,34%, aos R$ 3,7350.

Sem respaldo positivo do ambiente externo, que registra queda forte das bolsas americanas, comenta-se nas mesas de operação que há um enxugamento da exposição a Brasil. As preocupações sobre o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro, que está com pneumonia, e o andamento da agenda de reformas vêm à tona.

Já no cenário externo, o que pesa é o risco de acirramento da disputa comercial entre Estados Unidos e China, que pode afetar o já delicado crescimento da atividade global.

 

Bolsa

Após duas quedas consecutivas, o mercado esboçou hoje uma reação apesar do dia de cautela no exterior e sem nenhuma grande novidade positiva. O Ibovespa fechou com alta de 0,99%, aos 95.343 pontos, em um dia de forte volume financeiro (R$ 16,15 bilhões).

Apesar dessa alta no último dia da semana, o índice não conseguiu evitar a queda de 2,57% em sua primeira semana negativa no ano.

O mercado teme que o prolongamento da internação do presidente Jair Bolsonaro possa adiar a entrega do novo projeto de reforma da Previdência. Por isso, os investidores acompanham de perto cada boletim médico, tentando projetar quando o governo irá protocolar no Congresso a reforma.

O principal destaque positivo do dia foram as ações da Vale (VALE3), que subiram 3,77% no dia e puxaram o índice para o campo positivo. Essa alta pode ser explicada pela queda no período da manhã, que ativou o gatilho de compra de vários investidores, forçando a recuperação do preço do papel, e da forte alta do minério de ferro hoje, que atingiu o seu maior preço desde 2014 hoje. No campo negativo, destacaram-se as ações da Qualicorp (QUAL3), Ambev (ABEV3) e Klabin (KLBN11), que caíram 2,88%, 2,83% e 1,73%, respectivamente.

Fontes: Valor e Infomoney

Outras Publicações