Juros
O noticiário político desta segunda-feira gerou pouca reação dos investidores de juros futuros mesmo com a mudança do ministro da Educação, algo já esperado pelos investidores. Com isso, os DIs fecharam em leve alta.
Os investidores também demonstraram pouca preocupação com o noticiário do fim de semana, incluindo a pesquisa Datafolha mostrando baixa popularidade do presidente.
De acordo com Rogério Braga, gestor de renda fixa e multimercados da Quantitas, o mercado aguarda mais detalhes sobre qual deve sera estratégia do governo para melhorar essa situação. A partir dos números, diz Braga, Bolsonaro precisará entender que fica em uma posição mais frágil para impor suas pautas no Congresso.
DI1F20: 6,47% (- 0 bps)
DI1F21: 7,05% (+ 1 bps)
DI1F23: 8,16% (+ 5 bps)
DI1F25: 8,75% (+ 5 bps)
DI1F27: 9,07% (+ 5 bps)
Câmbio
A cotação do dólar manteve a direção da semana passada e fechou novamente em queda nesta segunda-feira, apoiado pelo enfraquecimento no exterior tanto frente divisas fortes como emergentes. Internamente, notícias relativas à popularidade do governo do presidente Jair Bolsonaro e a troca de comando no Ministério da Educação tiveram pouca influência sobre o ativo, que teve um dia calmo de negociação.
A moeda americana (contrato futuro, DOLK19) fechou em queda de -0,61%, aos R$ 3,8555, em linha com o movimento de seus pares, como o peso mexicano (-0,44%) e o rublo Russo (-0,65%).
Após um março conturbado, o real se recuperou e subiu 1,12% na primeira semana de abril, reagindo a uma melhora na articulação política para a reforma da Previdência. O mercado aguarda agora novos gestos nesse sentido.
Lá fora, os indicadores em linha da economia dos Estados Unidos ajudaram a reduzir temores sobre uma desaceleração global, o que fez o dólar ceder frente a uma gama cesta de moedas.
Bolsa
O Ibovespa começou a segunda semana de abril em ritmo lento,à espera de novidades sobre a reforma da Previdência. Entre trocas de posições do setor de varejo para companhias de commodities, o Ibovespa teve um pregão mais parado, estacionado na faixa dos 97 mil pontos.
Após ajustes, o índice terminou em leve alta de 0,27%, aos 97.369 pontos, depois de tocar os 97.610 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9 bilhões hoje, abaixo dos R$ 12 bilhões médios negociados diariamente pelas ações do Ibovespa.
À espera por novidades no campo político brasileiro, os investidores se aproveitaram para adotar uma exposição em ações com estratégia “mais tática” e “menos direcional”. Isso significa que a maioria dos agentes de mercado continua mantendo boa exposição à bolsa, mas via “blue chips”, que estão em um momento melhor e têm mais a entregar agora, em vez de optar exclusivamente pela análise fundamentalista, de olho em um setor específico,como varejistas.
É isso que explica, hoje, um movimento mais forte de alocação em “blue chips” ligadas às commodities internacionais, caso da Petrobras (+2,15% a ON e +1,63% a PN) e da Vale (+2,71%), e a queda conjunta de papéis do setor de varejo e consumo, como B2W (-4,98%), CVC (-2,67%), BR Malls (-2,39%), Iguatemi (-2,46%), Lojas Renner (-2,70%), Lojas Americanas (-3,65%) e Via Varejo (-3,53%).
Fonte: Valor