Fechamento de Mercado (08/05/2019)

Gestoras

Juros

Os investidores de renda fixa aguardam a decisão de política monetária do Banco Central e os sinais que poderão ser dados pela autoridade no comunicado que será publicado no fim da tarde desta quarta-feira. Enquanto isso, o ambiente político domina as atenções e a reação do mercado é positiva, com queda do prêmio de risco.

O mercado ajusta as apostas e retira prêmio da curva de juros diante da decisão do presidente Jair Bolsonaro de dividir em dois o Ministério do Desenvolvimento Regional – Cidades e Integração Nacional. A medida foi tomada numa tentativa de melhorar a relação com o Congresso e construir uma base no Legislativo. O comando das pastas deve ser definido pelas cúpulas do Senado e da Câmara.

“As notícias de quebra de ministérios para tentar dividir um pouco do poder e criar apoio com esses cargos é um pouco da política que agente precisa ter para criar uma base no Congresso. Foi um passo importante, por isso os mercados repercutem positivamente”, afirma Alessandra Ribeiro,diretora da área de macroeconomia e política da Tendências.

 

DI1F20: 6,43% (- 1 bps)

DI1F21: 7,00% (- 3 bps)

DI1F23: 8,11% (- 6 bps)

DI1F25: 8,62% (- 6 bps)

DI1F27: 8,93% (- 5 bps)

 

Câmbio

A melhora na percepção das perspectivas para a tramitação da reforma da Previdência, acompanhada de um dia de relativo alívio no exterior, foi o suficiente para tirar parte da pressão exercida sobre o câmbio no Brasil, levando a moeda americana a retroceder ao menor nível desde o final de abril.

No encerramento do pregão, o contrato futuro da moeda americana (DOLM19) foi negociado aos R$ 3,9365 (-1,09%). O recuo fez o real tero melhor desempenho frente ao dólar entre as 31 divisas mais negociadas do mundo, bem à frente do segundo colocado, o peso argentino (-0,64%). O comportamento das moedas emergentes, por outro lado, foi variado, com a moeda americana se valorizando frente ao peso mexicano (0,47%) e à lira turca (0,55%).

Desde o início do dia, a negociação no mercado de câmbio foi influenciada pela notícia da recriação de dois ministérios, Cidades e Integração Nacional. A expectativa é que as pastas possam acomodar as demandas dos partidos do Centrão, que ameaçavam criar dificuldades para a tramitação da proposta de reforma da Previdência no Congresso.

 

Bolsa

Sem o mesmo nível de abalo no ambiente internacional como se viu ontem, o Ibovespa teve uma firme alta nesta sessão. Amparado pelo bom humor dos investidores com as novas informações sobre a articulação pela reforma da Previdência, a demanda no mercado de ações cresceu, enquanto o mercado operou sem descuidar da cena corporativa.

O Ibovespa terminou o dia em alta de +1,28%, aos 95.597 pontos. Na máxima intradiária, atingida no começo da tarde, o índice chegou a subir +2,04%, aos 96.312 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 12,2 bilhões no dia.

Desde o começo do dia o mercado já reagia bem à decisão do presidente Jair Bolsonaro de dividir em dois o Ministério do Desenvolvimento Regional: em Cidades e em Integração Nacional. O movimento se afasta do interesse do governo de romper com a “velha política”, mas é visto como um aceno positivo aos caciques do Legislativo — e pode, com isso, ajudar na articulação pela reforma da Previdência.

Com esse ambiente, as ações dos bancos tiveram altas (Bradesco ON +2,35%, Bradesco PN +2,07% e Itaú Unibanco PN +1,13%), mesma direção da Petrobras. No caso da estatal, os fundamentos positivos e as perspectivas de expansão da produção, apesar de um balanço trimestral sem brilho, embalaram o interesse nos papéis — a ON subiu +3,42% hoje e a PN avançou +3,87%. Ativo mais ligado ao cenário externo e aos receios com a China, a Vale ON recuou -1,41%.

O setor aéreo foi destaque de altas dentro do Ibovespa e entra no rol de notícias corporativas positivas para dar suporte ao avanço do próprio índice, com Azul PN (+4,88%) e a Gol PN (+4,34%). Na ponta negativa hoje, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) liderou as perdas (-7,43%) e arrastou consigo a ação da sua controlada Via Varejo (-4,03%).

Fontes: Valor e Infomoney

Outras Publicações