Fechamento de Mercado (09/04/2019)

Gestoras

Juros

Os investidores esperam com cautela a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, enquanto isso, os contratos futuros de juros têm sido negociados com pouca oscilação. Nesta terça-feira, o movimento foi de leve alta.

“O mercado está com pé atrás esperando a votação na CCJ para medir como está a relação do governo com o Congresso. Isso poderá ser medido pelo número de votos favoráveis. Os parlamentares podem, novamente, passar a mensagem de que o presidente precisa trabalhar na comunicação [na semana que vem]”, afirma Marcos de Callis, estrategista de investimento da asset do banco Votorantim.

Acontece nesta terça na CCJ a sessão em que o relator da proposta da reforma da Previdência, Marcelo Freitas (PSL-MG), apresenta o parecer que trata da admissibilidade do texto apresentado pelo governo. A expectativa é que a proposta seja votada na CCJ no dia 17.

 

DI1F20: 6,48% (+ 1 bps)

DI1F21: 7,09% (+ 4 bps)

DI1F23: 8,23% (+ 2 bps)

DI1F25: 8,78% (+ 3 bps)

DI1F27: 9,09% (+ 2 bps)

 

Câmbio

A expectativa com a retomada da tramitação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara fez investidores deixarem de lado o noticiário no exterior e levarem o dólar a fechar em leve alta, contrariando movimento registrado pelas demais moedas emergentes.

A moeda americana oscilou positivamente durante toda a sessão, mas ainda próxima dos patamares em que se encontra desde o fim da semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro iniciou uma agenda de reuniões com líderes partidários em prol da aprovação da PEC da Previdência. Segundo operadores de câmbio, esse patamar não deve se alterar até que o tema tenha desenvolvimentos mais concretos.

O contrato de dólar futuro para vencimento em maio (DOLK19) encerrou o pregão hoje cotado a R$ 3,8555, sem variação no dia.

 

Bolsa

Sem o amparo do exterior e do setor de commodities, como se viu recentemente, o Ibovespa deu uma boa demonstração de qual o tamanho da cautela que os investidores mostram com a cena política no Brasil.

Em dia de apresentação do parecer do projeto da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os agentes preferiram evitar a exposição a eventuais sustos e colocaram o índice de volta na faixados 96 mil pontos.

Após ajustes, o Ibovespa terminou em queda de 1,11%, aos 96.292 pontos, depois de tocar os 95.488 pontos no pior momento do dia. O giro financeiro, porém, foi novamente pequeno, de R$ 9,5 bilhões, interior à média diária de 2019, de R$ 12 bilhões. O giro fraco serve de termômetro para medir o desinteresse do investidor em ampliar apostas na bolsa, enquanto espera pela caminhada da reforma da Previdência no Congresso.

Nesse contexto, embora com relativa melhora no fechamento, houve queda dos bancos Bradesco (-0,60% a ON e - 0,38% a PN) e Itaú Unibanco (-0,55%); o Banco do Brasil (-1,50%) liderou as perdas no setor por ser uma instituição estatal. No caso do setor de commodities, caíram também Petrobras (-0,89% a ON e -0,31% a PN) e Vale ON (-1,95%). A maior baixa do Ibovespa foi da Eletrobras — a ON recuou -3,98% e a PNB cedeu -3,34%. Analistas creditam o movimento mais forte da elétrica ao fato de ela ser uma das mais expostas ao governo, por ser uma estatal.

Fontes: Valor e Infomoney

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