Fechamento de Mercado (10/05/2019)

Gestoras

Juros

O mercado de juros mostrou uma dinâmica muito própria ao longo de toda a semana e descolou dos mercados de câmbio e bolsa, respondendo quase que exclusivamente ao contexto da política monetária. Com isso, toda acurva acumulou queda, desde os vértices curtos até os longos.

A semana começou com dados da produção industrial bem fracos e abaixo da expectativa do mercado, fomentando a discussão da recuperação da atividade e necessidade de estímulos via corte na taxa básica de juros. Os dados de vendas no varejo confirmaram essa tendência e o Banco Central, no comunicado do Copom publicado na quarta-feira, mostrou que a autoridade está acompanhando de perto o assunto. Hoje, o IPCA de abril mostrou a inflação muito tranquila, indicando espaço para um afrouxamento monetário.

Vale dizer que o movimento visto na semana na curva de juros aconteceu mesmo com toda a volatilidade vista nos mercados internacionais, coma disputa comercial entre Estados Unidos e China no radar.

 

DI1F20: 6,40% (+ 1 bps)

DI1F21: 6,89% (- 1 bps)

DI1F23: 8,01% (- 3 bps)

DI1F25: 8,55% (- 2 bps)

DI1F27: 8,87% (- 2 bps)

 

Câmbio

O nervosismo com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que agitou os mercados internacionais desde o primeiro minuto de negociação da segunda-feira, acabou tendo influência praticamente nula no acumulado da semana, ao menos no mercado cambial. Apesar das idas e vindas, a moeda americana registrou alta semanal.

No pregão de hoje, o dólar futuro com vencimento em junho (DOLM19) fechou em leve alta de +0,08 %, aos R$ 3,9580, após novo dia de altos e baixos. A moeda começou o dia em forte alta, mas o gancho para a descompressão na saída para o fim de semana foi a conclusão das conversas entre equipes de negociadores de ambos os países em Washington. Os dois lados chegaram a um impasse, mas concordaram em manter as discussões, evitando assim um rompimento e uma escalada das medidas protecionistas.

 

Bolsa

O dia negativo e de pressão no exterior contra ativos mais arriscados, como emergentes, pesou sobre o Ibovespa. No fim do dia, porém, o índice se afastou das mínimas, acompanhando o desenrolar dos capítulos envolvendo a disputa comercial entre Estados Unidos e China.

O índice terminou em queda de -0,58%, aos 94.258 pontos hoje, depois de começar a tarde na mínima de 93.234 pontos, uma queda de 1,66%. O giro financeiro totalizou os R$ 10,5 bilhões. Apesar da trégua no fim do dia hoje, a escalada recente das tensões comerciais forçou uma baixa de 1,82% para o Ibovespa no acumulado da semana.

O movimento no dia ficou em linha com Nova York, onde as bolsas chegaram a recuar mais de 1% com a pressão gerada pela troca de farpas entre China e Estados Unidos. No fim do dia, porém, Wall Street melhorou o desempenho, levando consigo outros mercados globais.

Entre as ações do índice, os bancos tiveram um melhor desempenho com essas informações, embora o dia tenha sido de perdas para Bradesco (-1,02% a ON e -0,89% a PN) e Itaú Unibanco PN (-0,46%), além da Petrobras (-0,03% a ON e -0,56% a PN). Já quem ajudou o Ibovespa foi a Vale ON (+1,90%).

E a cena corporativa foi o grande ponto de atenção do mercado no dia. Suzano ON acentuou as perdas hoje, caindo -8,72% no fim da sessão. Também entre os destaques ficaram companhias do setor de varejo e consumo que publicaram balanços igualmente mal recebidos pelos investidores. Esse foi o caso de CVC ON (-8,58%), B2W ON (-6,50%) e Lojas Americanas PN (-3,75%), todas com informações desfavoráveis nas linhas de vendas do balanço do primeiro trimestre.

Fontes: Valor e Infomoney

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