Fechamento de Mercado (10/06/2019)

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Juros

Os vazamentos de supostas conversas do ministro da Justiça, Sérgio Moro, com integrantes do Ministério Público tiveram efeito limitado no mercado brasileiro de juros e a dinâmica positiva vista no exterior acabou prevalecendo.

Neste domingo (9), foram publicados pelo site "The Intercept Brasil" trechos de mensagens atribuídas ao procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato no Paraná, e Sergio Moro, que era o juiz da operação no Estado. De acordo com o site, nesses diálogos os dois teriam trocado informações sobre decisões e as investigações da operação. Moro teria sugerido a Dallagnol trocar a ordem de fases da Lava-Jato e também teria cobrado a realização de novas operações, além de ter dado conselhos e antecipado uma decisão. A troca de mensagens faz referência ao processo que culminou na condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No exterior, o presidente americano Donald Trump decidiu suspender a adoção de tarifas contra o México, que entrariam em vigor nesta segunda. Isso ajudou o mercado de moedas emergentes e refletiu no mercado de juros local.

DI1F20: 6,21% (0 bps)

DI1F21: 6,24% (- 3 bps)

DI1F23: 7,17% ( 0 bps)

DI1F25: 7,76% (+ 2 bps)

DI1F27: 8,15% (+ 2 bps)

Câmbio

Após passar a maior parte do pregão com viés negativo, o dólar encerrou em leve alta nesta segunda-feira, dia marcado pelo equilíbrio entre o exterior positivo, de um lado, e a cautela com a repercussão da divulgação de conversas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. No encerramento dos negócios, a moeda americana subiu 0,16%, aos R$ 3,8838.

O sinal se inverteu próximo da hora final de negociação, ao mesmo tempo em que a oposição em Brasília anunciava a obstrução total dos trabalhos na Câmara enquanto "medidas concretas" não forem tomadas a respeito do caso. Líder da minoria na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu o afastamento de Moro do cargo enquanto as investigações ocorrem.

Bolsa

O Ibovespa operou em queda durante toda a sessão de hoje e encerrou o dia com um recuo de 0,36%, aos 97.467 pontos. A tendência de queda é explicada pelo receio do mercado diante do vazamento de conversas divulgadas pelo site The Intercept do então juiz federal Sérgio Moro e membros do Ministério Público Federal, entre eles o procurador da repúblic a Deltan Dallagnon, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

Outra notícia que não pegou bem para os investidores é o adiamento para quinta-feira da apresentação do parecer do relator da reforma da Previdência. O atraso foi atribuído às incertezas que ainda persistem sobre a participação de Estados e municípios no projeto.

O principal destaque negativo deste pregão foram os papéis do setor bancário. No fechamento, todas essas ações recuavam: Bradesco ON (-0,91%); Bradesco PN (-1,18%); Itaú Unibanco PN (-1,25%); Santander UNT (-2,00%) e Banco do Brasil ON (-0,94%).

No noticiário corporativo, o mercado acompanhou de perto a Petrobras, após o anúncio de que a BR Distribuidora fará uma oferta secundária de ações que movimentaria R$ 9 bilhões. Petrobras ON fechou em queda de 1,68% e Petrobras PN encerrou com um recuo de 0,41%. Outras quedas expressivas foram Cielo ON (-1,94%); Engie Brasil ON (-2,40%) e EDP Brasil ON (-2,32%). Já os papéis das siderúrgicas tiveram um bom desempenho ao longo desta sessão: CSN ON (3,92%); Gerdau PN (1,80%) e Usiminas PN (1,16%). A nova alta do preço do minério de ferro, que chegou a US$ 101,51, puxou a valorização dessas empresas.

Fontes: Valor e Reuters

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