Fechamento de Mercado (11/06/2019)

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Juros

O ritmo da tramitação das pautas econômicas no Congresso tem agradado os investidores, que seguem retirando prêmio de risco dos ativos brasileiros mesmo com ruídos políticos, como as denúncias envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira projeto que autoriza operações de crédito de 248,9 bilhões de reais em créditos orçamentários fora da regra de ouro e encaminhou a matéria para o plenário do Congresso Nacional, que pode votar o projeto ainda nesta terça.

Prioritária para o governo, a matéria precisa ser aprovada nesta semana para evitar prejuízos ao fluxo de pagamentos de gastos. Uma sessão conjunta do Congresso está prevista para esta tarde para apreciar vetos presidenciais pendentes e, com isso, poder votar o projeto de crédito extra.

A expectativa do mercado é de que o presidente Jair Bolsonaro saia em defesa do ministro. Ele também afirma que é pouco provável que o governo seja contaminado ou que isso afete a reforma da Previdência.

DI1F20: 6,18% (- 3 bps)

DI1F21: 6,18% (- 6 bps)

DI1F23: 7,07% (- 10 bps)

DI1F25: 7,62% (- 14 bps)

DI1F27: 7,99% (- 16 bps)

Câmbio

O dólar caiu ao menor patamar em dois meses nesta terça-feira, na faixa de 3,85 reais, na esteira de maior otimismo sobre reformas no plano doméstico e da fraqueza da moeda norte-americana no exterior.

O real teve o terceiro melhor desempenho global nesta sessão, numa lista dominada por divisas emergentes, embaladas por alívio em tensões comerciais entre Estados Unidos e México, além de expectativas de cortes de juros nos EUA.

Na B3, a referência do dólar futuro cedia 0,84%, a 3,8590 reais.

A perspectiva relacionada às reformas se viu fortalecida nesta sessão depois de o governo ter obtido vitória na Comissão Mista de Orçamento (CMO), que aprovou projeto que autoriza 248,9 bilhões de reais em créditos orçamentários fora da regra de ouro.

A aprovação sinaliza melhora na articulação política do governo Jair Bolsonaro com o Congresso, o que, para o mercado, indica um cenário melhor para obtenção de votos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma previdenciária. Nessa linha, o mercado gostou ainda de declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que blindará a Câmara de crises em prol da aprovação de reformas. O comentário de Maia veio em meio a potencial turbulência após divulgação de supostas mensagens envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 1,53% nesta terça-feira, encostando em 99 mil pontos, apoiado no avanço de ações de mineradoras diante da perspectiva de novos estímulos na China e noticiário político-econômico nacional. O volume financeiro somou 16,9 bilhões de reais.

O pregão abriu já sob influência da notícia de que a China permitirá que governos locais usem os recursos de títulos especiais para importantes projetos de investimento, incluindo estradas, oferta de gás e energia e ferrovias. No começo da tarde, contudo, o Ibovespa acelerou os ganhos e tocou máximas da sessão após a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovar crédito extra para o governo contornar a regra de ouro.

Vale (VALE3) subiu 6,4%, maior alta diária desde janeiro, em meio ao noticiário chinês e disparada dos preços do minério de ferro na China, que contagiou também CSN (CSNA3), que avançou 5,7%.

Petrobras ON (PETR3) avançou 2% e Petrobras PN (PETR4) valorizou-se 1,9%, também reforçando os ganhos, após acelerar a alta com a assinatura com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de um termo que consolida entendimentos entre as partes sobre como deverá se dar o desinvestimento da companhia em seus ativos de refino.

Bradesco PN (BBDC4) encerrou com variação positiva de 0,46%, enquanto Itaú Unibanco PN (ITUB4) fechou com acréscimo de 0,5%. Banco do Brasil (BBAS3), por sua vez, subiu 2% e Santander Brasil (SANB11) teve oscilação negativa de 0,05%. O presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta terça-feira que os grandes bancos brasileiros negociam a possibilidade de recuperação extrajudicial da Odebrecht, mas que estão preparados para todos os cenários.

Braskem (BRKM5) avançou 3,7%. A petroquímica disse em reunião com o Conselho Estadual de Proteção Ambiental de Alagoas (Cepram) sobre o afundamento de bairros na capital Maceió nesta terça-fera que seções geológicas realizadas pela companhia não evidenciam presença de falhas em Mutange, bem como que a CPRM - Serviço Geológico do Brasil - realizou leitura equivocada de sonares para o Pinheiros, conforme reportagem do Portal Novo Extra.

Fontes: Valor e Reuters

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