Fechamento de Mercado (13/03/2019)

Gestoras

Juros

Os próximos passos do Banco Central na política monetária voltam a ser questionados por especialistas e investidores diante da frustração com os números da produção industrial de janeiro, bem mais fracos do que era esperado. Embora seja uma discussão bastante inicial, os contratos futuros de juros embutem alguma probabilidade de corte da Selic nos

A combinação entre atividade fraca e inflação controlada leva ao raciocínio de que a estratégia do BC não está sendo estimulativa o suficiente para incentivar a retomada da economia e uma das explicações pode ser o patamar do juro neutro mais baixo – aquele que gera o máximo decrescimento sem gerar pressão inflacionária.

 

DI1F20: 6,345% (- 6 bps)

DI1F21: 6,89% (-11 bps)

DI1F23: 7,97% (- 9 bps)

DI1F25: 8,50% (- 8 bps)

DI1F27: 8,83% (- 8 bps)

 

Câmbio

O mercado de câmbio passou por dois momentos distintos durante a sessão de hoje. O dólar permaneceu em alta ao longo da manhã, dando sinais de que interromperia o alívio dos últimos três dias. No entanto, mudou de direção à tarde e fechou bem perto do zero a zero.

De acordo com operadores, o mercado de câmbio absorveu os efeitos negativos dos números fracos da produção industrial no Brasil. Por isso, voltou a acompanhar os sinais favoráveis para ativos de risco, como as bolsas americanas, que ganharam força nesta tarde.

Os dados econômicos de atividade dos EUA vieram melhores que o esperado, enquanto os de inflação ficaram ligeiramente aquém das expectativas. As encomendas de bens duráveis subiram 0,4% em janeiro,contrariando a expectativa de queda de 0,6% no mês. Esta foi a terceira leitura consecutiva de alta do nas encomendas, indicando que o setor industrial americano ainda tem fôlego.

O dólar futuro (DOLJ19) hoje teve leve alta, de +0,05%,cotado aos R$ 3,8185.

 

Bolsa

O aumento da demanda por risco no exterior e,principalmente, a confiança dos investidores locais com a reforma da Previdência levou o Ibovespa a renovar recordes e romper, pela primeira vez na história, a faixa dos 99 mil pontos.

O principal índice da bolsa subiu, após ajustes, 1,10%, aos 98.904 pontos, um novo recorde. Na máxima do dia, o Ibovespa também renovou o recorde, ao atingir os 99.267 pontos. A máxima histórica intradiária e de fechamento anterior foi do dia 4 de fevereiro, quando o índice ficou em 98.859 pontos. No acumulado de 2019, o Ibovespa sobe 12,5%.

O giro financeiro das ações do índice foi hoje de R$ 12,9 bilhões, e ganhou substancial tração na metade final do pregão. Um dos motivos para isso, e que também explica a disparada do Ibovespa no intervalo, é o vencimento de opções sobre o índice.

De um lado, o exterior foi importante para os investidores estrangeiros voltarem a olhar para o Brasil hoje. Com a perspectiva,recentemente aquecida, de que o Fed (BC americano) não suba agressivamente os juros dos Estados Unidos neste ano, houve melhora para o ambiente de negócios nos países emergentes. Hoje, as bolsas americanas tiveram altas, a

Esse ambiente positivo está indicado, por exemplo, no desempenho da Petrobras ON, preferida, no geral, na negociação pelos estrangeiros. A ação encerrou em alta de +2,69%, a R$ 30,94. Mas é o ambiente doméstico que de fato ainda dá o grande impulso aos ativos. Além dos bancos,que viraram para o azul no meio da tarde, a Petrobras PN, bastante negociada por fundos locais, atingiu seu maior nível de preço em quase nove anos. A ação subiu +2,18%, a R$ 28,10.

A CSN ON foi o destaque positivo do dia, ao subir +9,32%, de longe a maior valorização do Ibovespa. A empresa passa por um ciclo de notícias positivas desde a divulgação de seu balanço do quarto trimestre, que estimulou investidores a buscarem o papel, de olho na redução da alavancagem e novos reajustes do preço do aço para a indústria.

Fonte: Valor

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