Juros
O movimento de aversão ao risco no exterior ampliou o movimento de alta do dólar no pregão desta quinta-feira em dia de ajuste do preço dos ativos locais, o que acabou influenciando os contratos futuros de juros.
“Não vejo uma novidade específica influenciando o movimento dos juros. Temos o clima de aversão ao risco no exterior, o dólar subiu bastante por aqui com o real em um dos piores desempenhos entre os pares, e isso gerou pressão nos juros. O leilão de títulos públicos também influencia”,afirmou David Cohen, sócio e gestor da Paineiras Investimentos.
Nos últimos dias os contratos futuros de juros mostraram forte baixa nas taxas. O movimento de queda foi resultado da combinação das perspectivas favoráveis na tramitação da reforma da Previdência, cenário de inflação controlada junto com atividade econômica fraca.
DI1F20: 6,38% (+ 3 bps)
DI1F21: 6,96% (+ 7 bps)
DI1F23: 8,07% (+ 10 bps)
DI1F25: 8,60% (+ 10 bps)
DI1F27: 8,92% (+ 9 bps)
Câmbio
O mercado de câmbio deixou para trás a calmaria dos últimos dias e enfrentou uma firme correção, que contou com dose reforçada de pressão externa. Isso não significa, contudo, que haja uma reversão de expectativas positivas em relação aos ativos brasileiros. Operadores e gestores comentam que um movimento de ajuste é “natural” e serve como uma pausa estratégica para se avaliar os desdobramentos do panorama de negócios.
Hoje, o dólar futuro (DOLJ19) subiu do começo ao fim do pregão e terminou em alta de +0,72%, aos R$ 3,8460, deixando o real brasileiro entre os piores desempenhos do dia numa lista das principais divisas globais.
Bolsa
O investidor de bolsa perseguiu hoje a realização de lucros e levou o Ibovespa a fechar em leve queda, forçado pelas “blue chips”, após ter tocado ontem o inédito patamar dos 99 mil pontos. Trata-se de uma correção esperada, segundo gestores, e que não anula a perspectiva de que o mercado continue em alta, conforme sejam feitos avanços na reforma da Previdência.
Após ajustes, o Ibovespa encerrou em baixa de -0,30%, aos 98.605 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a tocar os 97.776 pontos, mas depois se recuperou. O giro financeiro somou R$ 9,6 bilhões hoje, bem abaixo da média dos últimos dias.
Entre as baixas de hoje, os destaques foram Bradesco ON (-1,01%)e Itaú Unibanco PN (-1,76%); Bradesco PN, que também operou em baixa ao longo do dia, zerou as perdas e fechou em leve avanço de +0,09%. A Vale ON encerrou praticamente estável (-0,10%). A Petrobras foi a responsável por “segurar” o Ibovespa, ao manter relativa alta: a ON subiu +1,16%, enquanto a PN avançou +0,07%.
Fonte: Valor