Juros
Devolvendo parte do movimento da semana passada e reagindo aos números fracos de atividade divulgados nesta segunda-feira, os contratos futuros de juros fecharam com queda nas taxas, depois de terem mostrado alguma volatilidade no período da tarde diante do noticiário político.
Os investidores acompanham o ritmo da tramitação da reformada Previdência e os ativos respondem aos sinais de atraso ou manutenção do cronograma. Por volta das 14h40, os juros reduziram o movimento de baixa com a declaração de deputados que a votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deveria atrasar e ser feita apenas após o feriado.
Mas os DIs voltaram depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu a manutenção do calendário.
DI1F20: 6,46% (- 1 bps)
DI1F21: 7,08% (- 6 bps)
DI1F23: 8,21% (- 8 bps)
DI1F25: 8,72% (- 8 bps)
DI1F27: 9,03% (- 8 bps)
Câmbio
O início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara trouxe alguma volatilidade à negociação do dólar esta tarde. Após uma manhã calma, a moeda americana chegou a desacelerar a queda frente ao real, mas conseguiu se recuperar após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RS) demonstrar otimismo de que o texto será votado ainda essa semana.
O futuro da moeda americana (DOLK19) fechou o pregão regular com queda de -0,31% perante o real, aos R$ 3,8945. O recuo devolve boa parte do ganho registrado na semana passada.
Há pelo menos duas semanas, a moeda americana tem permanecido no patamar entre R$ 3,80 e R$ 3,90 enquanto são aguardadas novidades concretas do front político.
Bolsa
Os ativos de renda variável até ensaiaram hoje uma recuperação das perdas da última semana, mas a cautela com o cenário político brasileiro e com o ritmo, ainda anêmico, da economia voltaram a marcar os negócios e a inibir a demanda dos investidores.
O Ibovespa ameaçou encostar na faixa dos 94 mil pontos na máxima do dia (93.723 pontos), mas, no fim da sessão, subiu apenas +0,22%, aos 93.083 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12 bilhões, dentro da média diária negociada nos pregões de 2019.
Entre os movimentos de destaque, os papéis mais líquidos e de maior peso no Ibovespa tiveram uma sessão bastante morna, e a Petrobras passou longe de se recuperar do seu pior pregão em quase um ano, na sexta-feira. A ON da estatal fechou com alta de +0,39%, enquanto a PN subiu +0,38%. A Vale ON teve baixa de -0,29%.
Para um operador, o investidor está em “modo de espera por boas notícias”, depois da avalanche da última semana. A piora do sentimento do mercado veio sobretudo depois do temor de ingerência do governo na Petrobras, o que desestimulou o investidor a ampliar exposição na bolsa, segundo esse profissional.
Fontes: Valor e Infomoney