Fechamento de Mercado (19/03/2019)

Gestoras

Juros

Os investidores de juros futuros aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada no fim da tarde desta quarta-feira, para ajustar posições na ponta curta da curva a termo. Enquanto os contratos de médio e longo prazo recuaram, os curtos operaram perto da estabilidade.

A decisão ganha destaque por acontecer num momento em que os economistas começam a colocar em seus cenários a possibilidade de corte de juros nos próximos meses, diante da expectativa de aprovação da reforma da Previdência e com a atividade econômica ainda fraca.

Alguns pontos serão observados de perto. O primeiro deles deve ser a descrição do balanço de riscos. A retomada da atividade, as projeções de inflação, e a descrição do cenário externo devem ser outros pontos acompanhados de perto pelos investidores.

Hoje, o dia foi de baixa das taxas médias e longas diante do otimismo do investidor local com a reforma da Previdência e o clima tranquilo para ativos emergentes no exterior.

 

DI1F20: 6,37% (+ 2 bps)

DI1F21: 6,91% (- 2 bps)

DI1F23: 7,97% (- 3 bps)

DI1F25: 8,52% (- 2 bps)

DI1F27: 8,86% (- 1 bps)

 

Câmbio

O dólar desacelerou o ritmo de queda ao longo da tarde e fechou bem perto da estabilidade contra o real, mas se manteve abaixo da marca de R$ 3,80. O movimento, na avaliação de operadores, reflete um clima de cautela entre os investidores antes de um dia recheado de eventos importantes no Brasil e no exterior.

A quarta-feira será marcada pela decisão de juros nos Estados Unidos e no Brasil, além da entrega da proposta de reforma previdenciária dos militares.

Hoje, o dólar futuro (DOLJ19) fechou em queda de -0,12%, aos R$ 3,7905. Vale dizer, no entanto, que essa perda de ritmo não foi isolada. Boa parte das divisas globais chegam ao fim do dia com oscilações bem contidas.

 

Bolsa

O Ibovespa até tentou estender os ganhos de ontem no pregão de hoje, em linha com a performance da Vale e da Petrobras. No fim do dia, no entanto, a correção ganhou força nas ações do setor bancário e deixou o índice na faixa dos 99 mil pontos.

Enquanto parte dos investidores ainda busca elevar alocação nas ações de bons fundamentos e com boas histórias da bolsa, outros optam por embolsar ganhos, limitando o potencial de alta do índice.

Essa “disputa” de estratégias chegou a levar o Ibovespa para um novo recorde intradiário de 100.439 pontos, mas o pêndulo no fim ficou a favor dos vendedores: o índice fechou em queda de -0,41%, aos 99.588 pontos. O giro financeiro também chamou a atenção. No total, as ações do índice movimentaram R$ 14,15 bilhões, acima da média diária dos pregões do ano.

Entre os movimentos de destaque positivo do dia está a Petrobras. A ação ordinária (ON) da empresa subiu +1,58% hoje, enquanto a preferencial (PN) avançou +1,60%. Ontem, os papéis da empresa já haviam conseguido sustentar altas de ponta a ponta do pregão. A Vale ON, outro papel de importante peso no Ibovespa e que ontem limitou o avanço do índice, hoje tirou o atraso da baixa da véspera. A ON da mineradora ganhou +2,85% no dia.

Os bancos, porém, perseguiram um ajuste de preço hoje, depois de terem contribuído para a alta do Ibovespa de ontem. Bradesco ON caiu -1,97%, Bradesco PN recuou -2,15% e Itaú Unibanco PN cedeu -2,33%.

Fonte: Valor

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