Juros
Os juros futuros carregaram uma leve queda durante toda atarde desta segunda-feira, em um dia de liquidez bastante reduzida, enquanto os investidores aguardam novidades da tramitação da reforma da Previdência. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara retoma a discussão sobre a medida nesta terça, quando está prevista a votação do parecer do relator da reforma no colegiado.
De acordo com operadores, ainda prevalece o clima de cautela no mercado, mas há motivos, hoje, para aguardar a sessão da CCJ com uma expectativa ligeiramente mais positiva. Nesta segunda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o texto deve “passar bem” amanhã no colegiado, dando a entender que a margem de aprovação pode ser ampla.
Nesta segunda, o movimento de queda dos juros também recebe o respaldo de um cenário de atividade econômica cada vez mais fraca, que desestimula as apostas numa futura alta da Selic.
DI1F20: 6,44% (- 1 bps)
DI1F21: 7,02% (- 2 bps)
DI1F23: 8,23% (- 0 bps)
DI1F25: 8,78% (+ 1 bps)
DI1F27: 9,10% (+ 2 bps)
Câmbio
Em um dia marcado pelo baixo volume de negócios, o dólar operou perto da estabilidade até terminar o pregão em alta marginal, à esperada retomada dos trabalhos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, amanhã, em Brasília.
O dólar comercial fechou em alta de +0,45%, aos R$ 3,9380. O movimento frente ao real foi em linha com outras moedas emergentes no exterior, como o peso mexicano (+0,39%) e o peso chileno (+0,35%).
Na retomada dos trabalhos do CCJ, o governo irá lidar com apressão do centrão, que pretende suprimir do texto original, já nessa fase, ao menos quatro dispositivos: o fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados, a possibilidade de se alterar a idade máxima de aposentadoria compulsória para ministros do Supremo por projeto de lei complementar, a exclusividade da Justiça do Distrito Federal para julgar processos contra a reforma e a exclusividade do Executivo em propor mudanças no projeto.
Bolsa
Em dia marcado por baixíssima liquidez na volta do feriado, o Ibovespa manteve um comportamento bastante comedido, refletindo o modo esperados investidores pela retomada dos trabalhos de análise do projeto de reforma da Previdência pelos deputados.
Em dia marcado por baixíssima liquidez na volta do feriado, o Ibovespa manteve um comportamento bastante comedido, refletindo o modo esperados investidores pela retomada dos trabalhos de análise do projeto de reformada Previdência pelos deputados.
A confiança na continuidade da reforma da Previdência ainda dá sustentação ao mercado, mas o modo de espera permanece enquanto a pauta não é votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), demonstrou otimismo e disse que espera que a pauta “passe bem” na votação.
O petróleo atingiu hoje os maiores níveis desde outubro do ano passado, o que, em tese, estimula companhias cuja rentabilidade está ligada à commodity. A Petrobras ON, no entanto, encerrou com leve alta de +0,36%, enquanto a PN recuou -0,58% no dia.
A JBS ON liderou as altas do Ibovespa hoje, ao subir +4,11%. O papel repete destaque positivo que já teve no Ibovespa na semana passada, depois de ter sua recomendação elevada por grandes bancos, como o Morgan Stanley. A expectativa é que a empresa se beneficie do aumento da demanda na China, já que o país vem sofrendo com a peste suína africana.
Fonte: Valor