Fechamento de Mercado (23/04/2019)

Gestoras

Juros

A apreensão do mercado no começo do dia deu lugar ao clima de alívio com a perspectiva de que a reforma da Previdência, finalmente, caminhará para frente. Os juros futuros de longo prazo deixaram para trás oscilações bastante tímidas e chegaram, na reta final do pregão desta terça-feira, com firme queda.

Nos últimos dias, os ativos financeiros passaram por uma firme correção, em linha com o ajuste de expectativas para o tempo de tramitação e o potencial de economia fiscal da reforma. Agora, o mercado já está mais realista e excluiu cenários muito mais otimistas para a reforma. Os preços dos ativos embutem a aposta de que a reforma trará poupança fiscal de R$400 bilhões a R$ 700 bilhões nos próximos dez anos.

 

DI1F20: 6,43% (- 1 bps)

DI1F21: 6,96% (- 6 bps)

DI1F23: 8,12% (- 9 bps)

DI1F25: 8,66% (- 12 bps)

DI1F27: 8,98% (- 13 bps)

 

Câmbio

Após passar a maior parte do pregão em alta moderada, o dólar inverteu a direção e passou a se depreciar frente ao real, pressionado pela sinalização de que o parecer da PEC da Previdência será aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

O movimento foi claro. Assim que o deputado Felipe Francischini (PSL-PR) abriu os trabalhos da comissão em Brasília, o dólar, que até então seguia o exterior e operava no positivo, passou a perder força. A moeda americana fechou em queda de -0,37%, aos R$ 3,9235.

Os contornos do pregão de hoje, no entanto, só ganharam forma após o Centrão anunciar, no fim da manhã, que apoiaria a votação do parecer ainda nesta terça. O acordo, que ofereceu como troca a retirada de quatro dispositivos do texto principal, deve trazer o resultado final da votação para próximo dos 40 votos que o governo tinha como meta.

 

Bolsa

No primeiro pregão marcado pelo aumento da liquidez após o feriado de Páscoa, o Ibovespa encostou nos 96 mil pontos. A confiança com a reforma da Previdência deu amparo ao desempenho das ações hoje, na volta dos trabalhos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

O Ibovespa terminou o pregão com alta de +1,41%, aos 95.923 pontos, depois de tocar os 96.315 pontos na máxima intradiária. O giro financeiro foi um pouco mais robusto hoje, em R$ 10,4 bilhões, embora ainda abaixo da média diária negociada nas sessões de 2019, de R$ 12 bilhões.

Entre as ações de maior peso e liquidez do índice, os bancos tiveram altas firmes, caso do Bradesco (+1,84% a ON e +2,43% a PN) e Itaú Unibanco PN (+1,28%), mesma dinâmica da Petrobras (+0,81% a ON e +0,87% a PN) e da Vale ON (+1,21%).

Entre as maiores altas do dia, destaque para o setor frigorífico, que continua sendo beneficiado pela alta procura pelas ações após a peste suína africana atingir a China. O surto no gigante asiático pode dizimar um terço do plantel mundial de porcos e dar, assim, espaço para os produtores de proteína animal exportarem mais e terem custos ligados a insumos animais reduzidos.

A BRF ON (+6,86%) e a JBS ON (+3,84%) são as mais beneficiadas pelos acontecimentos na China, mas a expectativa transbordou também para Marfrig ON (+6,97%), que ficou na maior alta do Ibovespa no pregão.

Fontes: Valor e Infomoney

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