Juros
O mercado de renda fixa tem mais um dia de recuperação e os investidores continuam tirando prêmio de risco dos contratos de juros futuros, diante do andamento de pautas econômicas no Congresso. Com o alívio no campo político, a discussão de corte de juros volta para o radar do mercado.
A Câmara dos Deputados concluiu, nesta quinta-feira (23), em votação simbólica, a aprovação da medida provisória (MP) da reforma administrativa do governo de Jair Bolsonaro, com a rejeição de duas emendas que faltavam para terminar a votação. O texto seguirá para o Senado, que terá que aprovar a proposta até o dia 3 de junho, para que não perca a validade.
"O movimento nos juros é reflexo da melhora no câmbio e, mais uma vez, o real descola dos pares e opera em queda. Vale lembrar que a moeda apanhou mais que os pares nos últimos dias e vimos um alívio no cenário político local", afirmou um operador.
DI1F20: 6,37% (- 3 bps)
DI1F21: 6,78% (- 8 bps)
DI1F23: 7,95% (- 8 bps)
DI1F25: 8,56% (- 5 bps)
DI1F27: 8,90% (- 5 bps)
Câmbio
A perspectiva de uma guerra comercial mais prolongada entre os Estados Unidos e a China continuou pesando sobre os ativos de risco em todo o mundo, levando o dólar a fechar em leve alta por aqui. O avanço só não foi maior porque o cenário interno mais benigno limitou o movimento.
O contrato futuro de dólar encerrou o dia neutro, com alta de +0,01%, aos R$ 4,0445. O avanço foi mais modesto que o observado na com outras divisas emergentes e ligadas à commodities, como o peso mexicano (+0,35%), o rublo russo (+0,80%) e o rand sul-africano (+0,76%). Sinais de que o investidor voltou a buscar proteção, o índice DXY do dólar tocou os maiores patamares em dois anos, ao passo que o petróleo encerrou em queda de 4,54%, também pressionado pela escalada entre Pequim e Washington.
Internamente, o motivo para a maior resiliência do real seria o ambiente mais tranquilo em Brasília, onde parlamentares destravaram,após dias de tensão com o governo, a lista de Medidas Provisórias (MPs) que corriam risco de caducar.
Bolsa
O noticiário internacional ditou o ritmo do Ibovespa ao longo da sessão desta quinta-feira. O índice encerrou em queda de -0,45%, aos 93.937 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10 bilhões, abaixo da média do ano.
Sem grandes notícias no cenário político local, o mercado brasileiro seguiu os passos de seus pares globais, que operaram majoritariamente em queda.
A primeira afetada por esse fator foi a Petrobras, que teve seus papéis preferenciais entre os mais negociados no mercado a vista com recuo de -1,67% no fechamento. Petrobras ON cedeu -1,74%. Após o fechamento, as maiores quedas do Ibovespa eram Natura ON (-8,49%); B2W Digital ON (-5,41%); Usiminas PNA (-3,55%) e Ultrapar ON (-3,44%).
As principais altas foram Smiles ON (+5,74%) e Cielo ON (+2,74%).
Fontes: Valor e Infomoney