Fechamento de Mercado (24/04/2019)

Gestoras

Juros

Os juros futuros chegaram, no fim do pregão regular desta quarta-feira, bem perto das máximas do dia, num clima de cautela entre os investidores, que foi intensificado pelo ambiente externo menos favorável a emergentes hoje. Mesmo com o avanço da reforma da Previdência no Congresso, com a aprovação do parecer do relator da proposta, Marcelo Freitas (PSL-MG), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os investidores evitaram se expor ao risco.

“O mercado ficou demasiadamente otimista ontem com as reformas [antecipando a aprovação na CCJ], mas sabemos que o caminho a percorrer é bem longo”, disse Paulo Nepomuceno, estrategista-chefe da Coinvalores. Além do ambiente externo de alta do dólar, o profissional destaca que o cenário político é rodeado de ruídos, como a troca de farpas entre o vice-presidente Hamilton Mourão e Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.

 

DI1F20: 6,47% (+ 4 bps)

DI1F21: 7,06% (+ 9 bps)

DI1F23: 8,25% (+ 13 bps)

DI1F25: 8,79% (+ 14 bps)

DI1F27: 9,10% (+ 13 bps)

 

Câmbio

O alívio com a aprovação da reforma da Previdência na CCJ foi rapidamente deixado de lado e o dólar voltou a rondar a casa dos R$ 4,00 nesta sessão. Pressionado por uma valorização generalizada da moeda americana no exterior e, em menor medida, pelo noticiário negativo local, o dólar futuro (DOLK19) encerrou a sessão com alta de +1,82%, aos R$ 3,9935.

No exterior, a divisa americana, que tem se valorizado nas últimas sessões, rondou hoje os maiores patamares em 22 meses frente aos pares de referência, embaladas por um dado pior que o esperado de confiança na Alemanha e com um indicador positivo do mercado imobiliário norte-americano.

Internamente, o movimento foi amplificado por um noticiário negativo envolvendo o governo do presidente Jair Bolsonaro (dados do Ibope e Caged) e a reforma da Previdência, que passou ontem com êxito pelo seu primeiro teste, na CCJ, mas terá ainda um longo caminho pela frente até a sua promulgação.

 

Bolsa

Depois de se antecipar ao avanço da reforma da Previdência no primeiro colegiado do Legislativo a analisá-la, o mercado local teve um dia de correção. A avaliação é que a primeira vitória do governo já foi precificada e, agora, a régua sobe: os esforços do Executivo terão que ser maiores nas próximas — e difíceis — etapas que vêm pela frente no debate com o Congresso.

Com o risco maior, sobe o prêmio: o Ibovespa encerrou em queda de -0,92%, aos 95.045 pontos. É uma relativa melhora em relação ao pior momento do dia, em que tocou os 94.163 pontos. O giro financeiro só ganhou tração bem na reta final do pregão e somou R$ 11,4 bilhões.

O setor de siderurgia e mineração teve uma sessão de perdas fortes e, junto com outras “blue chips”, fizeram o Ibovespa oscilar preso à faixa dos 94 mil pontos durante todo o dia. A Vale ON caiu -3% hoje, mesma direção da CSN ON (-2,90%) e da Usiminas PN (-2,84%).

Entre as quedas mais expressivas, Ultrapar ON (-5,19%) se antecipou aos dados piores que podem vir no primeiro trimestre, a serem divulgados em maio, diante da “guerra de preços” que a companhia está tendo que travar para não perder fatia de mercado para os concorrentes. Maior alta do Ibovespa ontem, Marfrig ON passou por um ajuste e caiu -5,85%, segunda maior baixada sessão.

Fontes: Valor e Infomoney

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