Fechamento de Mercado (25/02/2019)

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Juros

Em dia calmo no mercado de juros futuros, os investidores ajustaram posições no aguardo do primeiro pronunciamento do futuro presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O economista será sabatinado a partir das 10h desta terça-feira (26) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

A expectativa é de que o futuro presidente do BC mantenha um tom neutro e não dê nenhuma indicação diferente da visão atual da autoridade, porém eventuais comentários sobre a recuperação econômica serão acompanhados de perto.

Por aqui, a formação da base do governo e as perspectivas da reforma da Previdência continuam sendo acompanhadas de perto pelo mercado. Em entrevista, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a proposta está perdendo a batalha da comunicação. Apesar de negativo, o comentário não gerou nenhum efeito relevante no mercado de juros.

 

DI1F20: 6,47% (+ 2 bps)

DI1F21: 7,12% (+ 7 bps)

DI1F23: 8,24% (+ 7 bps)

DI1F25: 8,76% (+ 6 bps)

DI1F27: 9,08% (+ 4 bps)

 

Câmbio

O dólar se afastou das mínimas do dia e fechou bem perto da estabilidade, apesar do bom desempenho dos ativos de risco nos mercados globais. O que inibe um alívio mais intenso, na avaliação de operadores e gestores, é a cautela com a cena política uma vez que ainda se aguardam novidades concretas da tramitação da reforma da Previdência.

Alguns sinais de alerta, inclusive, foram dados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Principal articulador da reforma da Previdência, o deputado do DEM avalia que a proposta está perdendo a batalha da comunicação e já fala em prazo mais longo para votação da medida, provavelmente junho.

Em um dia em que a maioria das divisas globais ganhou terreno contra a moeda americana, o contrato futuro de dólar (DOLH19) fechou o dia em leve alta de 0,08%, aos R$ 3,7520.

 

Bolsa

O Ibovespa até tentou, por mais um pregão, avançar à faixados 98 mil pontos, mas o patamar ainda representa um importante ponto de realização de lucros, e o índice acabou voltando a sofrer com a correção hoje. O exterior forneceu suporte às ações, mas, no fim, a bolsa colocou o ambiente internacional de lado e fechou em baixa, puxada pela Petrobras.

Após ajustes, o Ibovespa caiu 0,66%, aos 97.240 pontos. O giro financeiro perdeu bastante tração ao longo da tarde e encerrou em R$ 10,1 bilhões, abaixo da média diária negociada nos pregões de 2019, que é de quase R$ 13 bilhões.

De um lado, o ambiente no exterior, com as bolsas americanas em alta, forneceu suporte na abertura do Ibovespa. No entanto, sem impulso do cenário doméstico, com investidores à espera da reforma da Previdência, o índice acaba encontrando um limite bem forte no nível dos 98 mil pontos. A reforma ainda conta com a confiança do investidor, mas segue em estágio bastante inicial de debate.

No destaque positivo do dia, a CSN ON liderou as altas (+5,65%) e, com ela, avançou também a Usiminas PNA (+2,92%). Quem também passou aos destaques foi a Via Varejo ON (+5,30%), segundo melhor desempenho do Ibovespa. No lado negativo, destaque para as ações da Petrobras ON (-2,40%) e PN (-1,58%), que sofreram com a queda no preço do barril de petróleo hoje e, por serem duas das ações de maior peso e liquidez do índice, puxaram a bolsa para baixo.

Fonte: Valor

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