Fechamento de Mercado (26/04/2019)

Gestoras

Juros

Os juros futuros de curto prazo chegam ao fim da sexta-feira em leve alta, conforme os investidores resolveram embolsar ganhos. De acordo com operadores, o ajuste nos contratos de curto prazo é motivado pela sequência de dados de inflação mais altos que o esperado, a exemplo do IPCA-15 de abril, divulgado ontem. O movimento também é amparado hoje pelos comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o objetivo principal da autarquia é o controle da inflação.

Por outro lado, os juros de longo prazo terminaram bem perto da estabilidade, beneficiando-se da queda global do dólar, após sinais de desaceleração da inflação nos Estados Unidos e de crescimento maior que o esperado por lá. Essa composição, de acordo com analistas, favorece toda aclasse de emergentes, porque ameniza o risco de desaceleração econômica global e sustenta o cenário de juros estáveis por mais tempo do Federal Reserve.

 

DI1F20: 6,49% (+ 3 bps)

DI1F21: 7,12% (+ 6 bps)

DI1F23: 8,24% (+ 3 bps)

DI1F25: 8,76% (+ 0 bps)

DI1F27: 9,08% (+ 0 bps)

 

Câmbio

Apesar do susto pontual na quarta-feira, em que a cotação do câmbio chegou a se aproximar dos R$ 4, o dólar encerrou a semana praticamente estável, beneficiado por dados mistos nos Estados Unidos, que refrearam a valorização da moeda americana no exterior, bem como uma esperança renovada nas chances de aprovação da reforma da Previdência.

No final do pregão desta sexta-feira, o dólar futuro (DOLK19) fechou em baixa de -0,56%, aos 3,9300, uma variação marginal em relação à quinta-feira. Profissionais de mercado creditaram o alívio no dia aos dados da economia dos Estados Unidos, que reduziram as expectativas por um aperto monetário pelo Federal Reserve.

 

Bolsa

Sem catalisadores na frente doméstica para impulsionar o Ibovespa e com efeito restrito do exterior para a renda variável local hoje, o investidor aproveitou embolsar novamente os ganhos. O principal índice da bolsa conseguiu manter leve alta em cinco sessões, mas não abandonou a cautela com acena local e pouco oscilou de patamar considerando as últimas sessões.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de +0,33%, aos 96.236 pontos, depois de tocar uma mínima em 95.620 pontos. O giro perdeu bastante tração ao longo do dia e somou R$ 9,5 bilhões hoje. No acumulado da semana, a alta do índice foi de +1,75%.

Entre as ações mais líquidas da bolsa, todas tiveram um movimento modesto. Foi o caso de Bradesco (estabilidade para a ON e -0,30% para a PN), Itaú Unibanco PN (leve alta de +0,24%), Petrobras (-0,88% a ON e -1,91% a PN) e Vale (leve alta de +0,18%).

Na liderança das perdas de hoje ficaram Fleury ON (-6,78%), após o balanço do primeiro trimestre, e JBS ON (-5,71%), depois do salto recente pelos possíveis efeitos da peste suína africana sobre a demanda chinesa. Na outra ponta, o noticiário corporativo movimentado estimulou a compra de Sabesp ON (+4,72%) e Localiza ON (+4,58%), maiores altas do dia.

Fontes: Valor e Infomoney

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