Fechamento de Mercado (27/02/2019)

Gestoras

Juros

Até que a proposta de reforma da Previdência chegue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que deve acontecer apenas após o Carnaval, a dinâmica do mercado de juros futuros deve continuar marcada pelo baixo volume negociado na sessão e por uma oscilação limitada dos contratos.

Perto do fechamento do pregão regular o movimento foi intensificado, mas os DIs ainda fecharam em leve queda.

A aversão ao risco no exterior teve pouca influência sobre os ativos brasileiros hoje. A tensão entre Índia e Paquistão, vizinhos armados com armas nucleares, está em uma escalada e gera cautela no ambiente global.

 

DI1F20: 6,46% (- 2 bps)

DI1F21: 7,08% (- 4 bps)

DI1F23: 8,19% (- 5 bps)

DI1F25: 8,73% (- 5 bps)

DI1F27: 9,06% (- 3 bps)

 

Câmbio

Após um período de ansiedade com a formulação da reforma da Previdência, os mercados brasileiros reforçaram a dinâmica de oscilações contidas e baixo volume de negócios.

Considerando um período de 21 pregões, a volatilidade histórica do dólar caiu hoje para 11,3% ao ano, abaixo da média dos últimos doze meses, de 14,8%, enquanto a cotação tem operado dentro de um intervalo bastante estreito. Hoje, o contrato futuro da moeda americana (DOLH19) fechou em queda de -0,40%, aos R$ 3,7290, descolando da leve depreciação das importantes divisas emergentes.

De acordo com analistas, um dos possíveis motivos para reverter essa calmaria é o envio da proposta de reforma da Previdência para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que deve acontecer apenas após o Carnaval. É consenso, entretanto, que o mercado local não ficará isolado de solavancos no exterior no caso de piora da percepção de risco.

 

Bolsa

O Ibovespa persistiu em um movimento de queda hoje, cedendo à realização de lucros dos investidores e acompanhando a performance que se vê nas bolsas americanas.

Lá fora, o cenário não é tão favorável aos mercados emergentes, com os riscos geopolíticos envolvendo a Índia e o Paquistão, país que acusa o vizinho de ter invadido o espaço aéreo do país e informou ter abatido dois aviões da força aérea indiana. As duas nações têm armas nucleares.

Internamente, o investidor também acompanha de perto as movimentações políticas, que por enquanto também não sinalizaram qualquer tipo de mudanças nas apostas envolvendo a tramitação da reforma da Previdência no Congresso.

Depois dos ajustes, o Ibovespa caiu -0,30%, aos 97.307 pontos. Na mínima, chegou a tocar os 96.886 pontos. O giro financeiro das ações do índice foi de R$ 9,9 bilhões — mais uma vez, abaixo da média diária dos pregões em 2019, que é de R$ 13 bilhões.

Quem segurou as quedas mais fortes do índice foi a Petrobras. Enquanto esperam pelo balanço do quarto trimestre da empresa, o investidor seguiu a oscilação positiva dos preços do petróleo no exterior e puxou a ação para cima: a ON da estatal encerrou em alta de +0,52%, enquanto a PN avançou +1,88%. De outro lado, os bancos e a Vale ON (-0,78%), papéis de grande peso no Ibovespa, ficaram no vermelho. Bradesco ON caiu -0,65% e Bradesco PN cedeu -1,11%; Itaú Unibanco PN se desvalorizou -0,88%.

Fonte: Valor

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