Juros
A fragilidade da economia continua levando preocupações para economistas e incentivando a discussão sobre possíveis estímulos adicionais por parte do Banco Central. E, à medida que investidores tiram prêmio de risco dos juros futuros com o alívio na política, mais evidentes ficam, para o mercado, as apostas para um corte da taxa básica de juros em algum momento deste ano. A segunda-feira foi marcada por mais uma rodada de queda nas taxas futuras.
A segunda teve liquidez baixa com os mercados norte-americanos fechados em decorrência do feriado Memorial Day, o que influenciou os mercados locais. Os negócios mais pontuais mostraram reação positiva dos investidores aos movimentos populares do fim de semana.
Segundo um operador, as manifestações suportam mais objetivos do governo, como as reformas e a lei anticorrupção, do que protestam contra figuras políticas, e isso gerou uma reação positiva dos investidores.
DI1F20: 6,36% (- 2 bps)
DI1F21: 6,75% (- 5 bps)
DI1F23: 7,92% (- 6 bps)
DI1F25: 8,51% (- 9 bps)
DI1F27: 8,87% (- 7 bps)
Câmbio
O baixo volume financeiro gerado pela falta de pregão nos Estados Unidos e em Londres resultou em um dia calmo de negociações no mercado cambial. Nesse cenário e ainda digerindo o resultado político das manifestações do último domingo, o dólar comercial encerrou em alta de +0,47%, aos R$ 4,0450.
Profissionais de mercado notam que a alta não foi influenciada por nenhum fator específico e que o baixo giro torna os preços voláteis. Mesmo assim, o real foi a moeda que mais se depreciou contra o dólar neste pregão, seguido da coroa sueca (+0,43%). Os pares emergentes tiveram desvalorização mais comedida, com destaque para o rand sul-africano (+0,19%).
A calmaria relativa pode mudar a partir de amanhã, quando o Congresso volta aos trabalhos. A expectativa é pela repercussão, entre os deputados, dos atos pró-Bolsonaro que ocorreram em 156 cidades no fim de semana.
Bolsa
Com os mercados norte-americanos fechados por causa do feriado Memorial Day, o Ibovespa teve um dia de leve alta e baixo volume de negócios. O índice fechou a sessão de hoje com alta de +1,32%, aos 94.864 pontos e giro financeiro de R$ 6,7 bilhões. É o segundo menor valor do ano, ficando atrás apenas do dia 6 de março, quando o encerramento teve um giro de R$ 6,6 bilhões. A média anual do giro diário é de R$ 12 bilhões.
A valorização do índice foi sustentada pelo ajuste deposições dos investidores e a sensação de que o presidente Jair Bolsonaro ainda conta com relevante apelo popular, demonstrado pelas manifestações feitas a seu favor em todo o país. Estima-se que foram feitos protestos em 156 cidades nos 26 estados e no Distrito Federal.
Entre as principais altas do índice no fechamento estavam Natura ON (+5,09%); Sabesp ON (+4,04%); CSN ON (+5,63%) e Vale ON (+3,89%). Essas duas últimas se valorizam após a alta dos preços do minério de ferro, que voltaram a crescer em meio ao movimento de estocagem das siderúrgicas chinesas.
Cielo ON (-4,35%) liderou as quedas do Ibovespa durante todo o dia. A empresa anunciou corte na distribuição de dividendos, além de confirmar que não há mais uma projeção oficial para o resultado deste ano.
Fontes: Valor e Infomoney