Fechamento de Mercado (27/06/2019)

Gestoras

Juros

A política local passa na frente da inflação e da atividade entre os fatores determinantes na política monetária brasileira depois que o Banco Central condicionou o início do ciclo de queda da Selic à aprovação da reforma da Previdência. E essa dinâmica foi observada nos negócios do mercado de renda fixa ao longo desta quinta-feira (27): os DIs passaram de alta nas taxas para queda, seguindo os sinais dados pelo Congresso.

Em evento com investidores em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, prometeu se esforçar para aprovar a reforma da Previdência antes do recesso parlamentar, segundo o Valor apurou. As declarações geraram reação positiva em todos os mercados brasileiros e os juros futuros foram de alta para queda nas taxas.

Enquanto as incertezas sobre a reforma persistem, o espaço para uma nova rodada de flexibilização monetária foi confirmado hoje no Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

DI1F20: 6,02% (0 bps)

DI1F21: 5,90% (-8 bps)

DI1F23: 6,72% (-4 bps)

DI1F25: 7,23% (-3 bps)

DI1F27: 7,57% (-4 bps)

Câmbio

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, com o real entre as divisas de melhor desempenho global nesta sessão, conforme o mercado reduziu o prêmio de risco político relacionado à reforma da Previdência.

O dólar à vista caiu 0,36%, a 3,833 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez cedia 0,30%, para 3,8315 reais.

Bolsa

O Ibovespa encerrou quase estável nesta quinta-feira (+0,04%, a 100.723,97 pontos), e se sustentou acima dos 100 mil pontos pelo sexto pregão consecutivo, desta vez ajudado por notícias mais positivas para o andamento da reforma da Previdência e pela disparada dos papéis do GPA. O volume financeiro somou 14,58 bilhões de reais.

A decisão de deputados de adiar a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara enquanto buscam uma solução sobre a extensão das novas regras de aposentadoria a Estados e municípios minou a primeira parte do pregão, fazendo o Ibovespa chegar a 99.420,64 pontos no pior momento.

No começo da tarde, porém, noticiário mais conciliador colocou o Ibovespa no azul, chegando a 101.024,95 pontos.

Profissionais da área de renda variável destacaram principalmente comentários do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em evento fechado em São Paulo, prometendo que colocará a proposta que muda as regras das aposentadorias em votação no plenário da Casa antes do recesso parlamentar.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quinta-feira que os governadores se comprometeram a buscar encaminhamento a favor da reforma, enquanto relator do projeto, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou ser possível votar a proposta no plenário da Casa neste semestre legislativo.

No exterior, os negócios continuaram refletindo expectativas para o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da China no fim de semana no G20, principalmente sinais de progresso nas negociações comerciais entre os dois gigantes econômicos que têm agitado os mercados globais há meses.

GPA PN (PCAR4) disparou 11,26%, após proposta do controlador Casino de uma reorganização dos ativos do grupo francês de varejo na América Latina, plano que inclui a compra pela companhia brasileira da rede colombiana Éxito e a migração da empresa para o segmento Novo Mercado. Analistas entenderam que o anúncio retira incerteza relevante que vinha pesando sobre os papéis.

Petrobras ON (PETR3) recuou 2,16%, com operadores atribuindo o movimento a vendas por agentes que participaram da oferta secundária dos papéis ordinários da companhia detidos pela Caixa Econômica Federal realizada mais cedo na semana. O Ministério de Minas e Energia também definiu que eventuais disputas entre petroleiras vencedoras do leilão de excedentes da cessão onerosa e a Petrobras sobre valores a serem pagos à estatal como compensação por investimentos já realizados serão submetidas a arbitragem. Petrobras PN (PETR4) caiu 1,59%.

Itaú Unibanco PN (ITUB4) e Bradesco PN (BBDC4) caíram 0,68% e 0,47%, respectivamente. Decisão do Banco Central de reduzir o compulsório sobre depósitos a prazo de 33% para 31% foi considerada neutra para o balanço dos bancos.

Fontes: Valor e Reuters

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