Fechamento de Mercado (30/04/2019)

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Juros

O mercado de juros termina o mês de abril com as taxas de longo prazo praticamente no mesmo lugar em que começou o período. O período, entretanto, foi marcado por uma dose reforçada de cautela, por causa da apreensão em torno do encaminhamento da reforma da Previdência, já que a matéria demorou mais que o esperado para ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça.

Hoje, o mercado de juros teve um dia de oscilações contidas, a reboque do movimento do dólar. Durante a manhã desta terça, as taxas até ensaiaram uma alta após dados mais fortes que o esperado dos Estados Unidos, que elevaram a pressão sobre a classe de emergentes. Mas o movimento logo foi absorvido e os ativos retornaram ao zero a zero.

Domesticamente, foram divulgados dados do mercado de trabalho, que voltaram a evidenciar o tamanho da capacidade ociosa do país,algo que inibe altas inflacionárias. De acordo com profissionais do mercado, a recuperação lenta da atividade pavimenta o caminho de juros baixos no Brasil. No entanto, as incertezas em torno da reforma da Previdência atrapalham expectativas de novas rodadas de corte da Selic.

 

DI1F20: 6,50% (- 1 bps)

DI1F21: 7,12% (- 4 bps)

DI1F23: 8,22% (- 5 bps)

DI1F25: 8,74% (- 5 bps)

DI1F27: 9,05% (- 5 bps)

 

Câmbio

A última sessão do mês de abril contou com uma dose reforçada de instabilidade. O dólar chegou a subir até R$ 3,95 durante a manhã, amparado por perdas de emergentes e fatores técnicos do mercado brasileiro. Ao longo da tarde, no entanto, o movimento foi absorvido e a cotação se ajustou em baixa.

O dólar futuro (DOLK19) fechou em baixa de -0,05%, aos R$3,9455. Com isso, a moeda ficou praticamente estável no acumulado do mês.

Operadores notaram que hoje o recuo da cotação está em linha com o exibido no início do dia, quando o movimento das emergentes espelhava aqueda do DXY. O índice do dólar da ICE desceu abaixo da linha dos 98 pontos após números melhores que o esperado da economia da zona do euro.

 

Bolsa

Em um mês marcado por grande instabilidade no mercado com o debate pela reforma da Previdência a todo vapor, o Ibovespa conseguiu garantir uma alta acumulada de 0,98%. Até o começo da tarde, com desempenho mais fraco, o índice caminhava para ter o pior mês de abril desde 2013, mas uma pequena guinada das ações para o azul trouxe alívio à performance.

Só hoje, último pregão do mês, o Ibovespa teve pequeno avanço de 0,28%, aos 96.453 pontos, com giro de R$ 10,6 bilhões. Houve ganho de tração nos negócios mais perto do fim do dia, mas a véspera de feriado tirou bastante impulso do mercado local hoje.

Dos 65 papéis que compõem o Ibovespa, 35 tiveram desempenho superior ao índice no mês, enquanto 30 ficaram pior. A maior alta foi da BRF ON, que subiu +36,7%, seguida pela JBS ON, com ganho de +23,8%, e pela Marfrig ON, em valorização de +22,7%. O avanço desse grupo no mês se deu na esteira da notícia da gripe suína africana na China. Na ponta oposta, o pior desempenho mensal foi da Cielo ON (-18,9%), seguida por Ecorodovias ON (-15,5%).

Hoje a maior alta ficou com a Magazine Luiza PN (+7,14%), após a varejista confirmar a compra da Netshoes por US$ 62 milhões. Na ponta negativa, a liderança ficou com a Suzano ON (-4,19%), depois da queda dos preços da celulose na China, conforme a consultoria Foex.

Fonte: Valor

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