Fórum Econômico Mundial começará sob temor de recessão nos EUA

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O Fórum Econômico Mundial ocorrerá em Davos na próxima semana em meio a indicadores apontando crescente risco de uma próxima recessão nos Estados Unidos, que contaminaria o resto da economia global.

Em sua avaliação de riscos, o Fórum de Davos constata maior volatilidade nos mercados financeiros e intensificação de ondas contrárias na economia. A taxa de crescimento mundial parece ter atingido o pico. A última projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta gradual desaceleração nos próximos anos.

Isso deve ocorrer sobretudo como resultado de desenvolvimentos em economias avançadas. Mas as projeções de desaceleração na China, de 6,6% de crescimento em 2018 para 6,2% neste ano e 5,8% em 2022, são fontes de preocupação. Também inquieta a enorme dívida global, agora de 225% do Produto Interno Bruto (PIB), bem maior do que antes da crise financeira internacional de 2008. Além disso, não só a expansão econômica da China diminui, mesmo com estímulos adicionais do Banco do Povo (o BC chinês), como a Europa também se mostra mais frágil, com a Itália flertando com a recessão.

No curto prazo, a economia mundial deve continuar a expandir acima do potencial, mas uma desaceleração gradual é esperada no médio prazo. Mas esse cenário pode ser otimista, em razão de incertezas políticas e das tendências protecionistas crescente na cena internacional.


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