Live Exame.Research – Quasar Asset Management

Gestoras

Live da Exame.Research com Carlos Maggioli, CEO da Quasar Asset Management, sobre estratégias de crédito

Introdução

A Quasar Asset Management é uma gestora de recursos independente fundada em 2016 e focada em Crédito Privado. Atualmente a casa tem cerca de 35 colaboradores e mais de R$ 3 bilhões de ativos sob gestão e conta com estratégias de Crédito, Imobiliário, Internacionais e Infraestrutura.

A Quasar busca a preservação de capital de seus investidores através de produtos que proporcionam adequada relação risco-retorno. Para tanto, acredita em parcerias de longo prazo com as empresas, oferecendo linhas de crédito mais flexíveis e adequadas a cada grupo de empresas.

Comentários

Maggioli enfatizou durante toda a live sobra importância de se ter diversificação e de usar ativos de Renda Fixa para balancear a volatilidade. O segmento de crédito privado aparenta estar parado para a grande maioria dos investidores, no entanto, mesmo com a taxa Selic em 2% a.a., ainda existem diversas oportunidades nesse mercado.

A gestora tem produtos High Grade tradicionais, focando em grandes empresas com baixo risco de crédito, produtos da classe internacional, produtos High Yield, explorando a eficiência de empresas menores, mas com retorno maior (CDI + 4%), produtos do meio do agronegócio e irá lançar um fundo de infraestrutura através de um FIP-IE,  um fundo imobiliário e uma estratégia de special situations.

O mercado High Grade tem passado por uma transformação relevante. Até 2015, o mercado era formado por grandes players bancários com captações em fundos de crédito privado e com marcação pouco eficiente. A partir de 2015, ocorre, então, uma desintermediação desse mercado, com a criação de novos players, as gestoras independentes dedicadas ao crédito, que acabam por gerar maior pressão sobre a marcação.

Com a taxa Selic em níveis bem reduzidos, Maggioli acredita que o balizador dos fundos deve passar a ser CDI mais algum spread, ao invés de um percentual do CDI, remunerando o investidor dentro do fator de risco que ele está assumindo.

Outro ponto comentado na live é sobre os fundos offshore da casa. Uma das estratégias que a gestora está exposta consiste na arbitragem que pode existir com a precificação de um bond brasileiro contra a dívida brasileira da mesma empresa. Normalmente, existe um grande diferencial nessas precificações, com os bonds sendo, normalmente, melhores precificados do que a dívida local. A estratégia se baseia na compra de bonds brasileiros, convertendo para real e ganhando spread sobre a precificação da dívida local.  A outra estratégia offshore da casa é o investimento em bonds de mercados emergentes que rendem dólar, mantendo dólar na carteira dos investidores.

O último ponto tratado foi sobre a marcação a mercado dos ativos. Maggioli acredita que essa marcação é extremamente ineficiente no Brasil, dando como exemplo o que acontece no exterior, onde um evento impacta da mesma forma equity e bond. Já no Brasil, isso não ocorre. O efeito da pandemia no mercado de renda fixa já está sendo compensado em vários países, no entanto, o Brasil, devido à falha marcação que existe, tem tido recuperação mais lenta. Ainda, a melhora da marcação terá impacto na volatilidade dos fundos. Os fundos de crédito privado têm volatilidade, mas essa deverá ser ainda maior com as marcações a mercado se tornando mais eficientes.

Time de Análise MZR

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