Live realizada pela XP em 18/06/2020 com os gestores da Genoa Capital.
Introdução
A Genoa Capital é a mais nova gestora independente no mercado. Com um time que participou efetivamente do bom histórico do Itaú Hedge Plus, a asset visa replicar os resultados do fundo. Em uma Live organizada pela XP os gestores apresentaram como será a dinâmica da casa e o que se pode esperar de seu primeiro fundo, o Genoa Capital Radar.
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A Genoa já inicia seu trabalho com uma estrutura relativamente grande, ao todo são mais de 30 profissionais. Segundo André Raduan, um dos sócios fundadores, uma equipe robusta é necessária para que consigam manter o mesmo modelo de trabalho que executavam no Itaú. No comando do fundo atuarão 5 gestores, sendo 3 macro e 2 de ações micro. Todos com mais de 10 anos de mercado. Também contarão com 5 cogestores.
A estratégia de gestão é de um macro dinâmico com book único. Ou seja, não se apegam a teses estruturais de longo prazo, podendo mudar de direção de uma hora para a outra visando ganhos constantes no curto e médio prazo. Porém, nunca com posições opostas. A abordagem de análise dos ativos é bottom up, partindo do micro das empresas para o contexto macroeconômico em que elas se encontram. O Book macro possui maior peso na alocação, correspondendo em uma média de 75% do risco do fundo.
Há também um book Long & Short neutro que corresponde a 15% do risco. Este visa obter ganhos por meio de teses de mudanças estruturais, como por exemplo, comprados em ações de empresas de E-commerce que vêm se destacando e vendidos em empresas do varejo físico que vêm perdendo market share.
Por fim, os 5 cogestores atuarão em teses descorrelacionadas do book macro, focados principalmente em mercados menos explorados e contribuindo com os estudos da tese macro. 10% do risco será destinado a eles.
Com o cenário atual de juros baixos, os gestores acreditam haver necessidade de elevar a volatilidade do produto para gerar valor aos clientes. Portanto, a volatilidade do Genoa Capital Radar será em torno de 6% a 7%, ainda maior que a volatidade média histórica do Itaú Hedge Plus de 5,5%.
O controle de risco será feito via VaR, mas segundo Raduan, a preocupação maior é com cenários de stress durante as crises. Nesses casos, os hedges serão criados por meio opções, entre outros instrumentos.
A estrutura de capital visa retenção dos talentos da casa, com uma remuneração que valorize a performance de seus profissionais. 94% do equity está no front: gestores, economistas e analistas.
O fundo está em linha com o mercado em termos de cobranças e liquidez, 2,0%/20% do que exceder o CDI e prazo de resgate em D+30. O capacity para manobrar as mudanças de direção bruscas que a estratégia pretende fazer será de 8 a 10 bilhões de reais. A cota 1 do fundo será no dia 30 de junho, mas ele já se encontra disponível para aplicações via plataforma.
Time de Análise - MZR