A meta da equipe econômica de levantar US$ 20 bilhões em privatizações neste ano deve ser superada em ao menos 50%, previu ontem o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, que negou estar frustrado com o ritmo das vendas de ativos do governo.
Do total pretendido para 2019 pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, US$ 3,4 bilhões já foram conseguidos, disse, e mais US$ 9 bilhões devem ser obtidos com a comercialização da TAG, rede de gasodutos da Petrobras.
Para ajudar a diminuir a dívida pública e reduzir o tamanho do Estado, a meta é não só se desfazer das estatais, mas também desalavancar bancos públicos, que precisam devolver empréstimos feitos pelo Tesouro, vender imóveis que são propriedade da União e deslanchar as concessões de infraestrutura, dentro do Programa de Parcerias de Investimentos [PPI], observou.
Somando todas essas receitas, o governo estima um potencial de quase R$ 1 trilhão que pode ir para o caixa da União ao longo de todo o governo Bolsonaro, destacou Mattar, dos quais quase metade (R$ 490 bilhões) viria das privatizações de estatais geridas pelo governo federal.
A Secretaria de Desestatização está também trabalhando num plano para ajudar Estados a se desfazerem de suas estatais locais, acrescentou o secretário, o que pode melhorar a grave situação fiscal desses entes federados. Segundo Mattar, ele fará um road-show com governadores dos dez principais Estados, para levantar quais são as necessidades de recursos de cada um deles e também o total de ativos que podem ser vendidos.