Os multimercados lideraram a captação do setor de fundos em 2018 e atraíram R$ 42,9 bilhões. Mas não foi exatamente um ano fácil para os gestores.
A greve dos caminhoneiros, a interrupção de corte de juros pelo Banco Central antes do previsto e um processo eleitoral arrastado desafiaram os profissionais a mudanças rápidas. No exterior, o mau humor com emergentes, e depois a onda de vendas no mercado acionário americano provocaram tropeços.
Olhando adiante, muitos gestores esperam boa performance para ativos brasileiros, se a Previdência for adiante. Isso permitiria a manutenção dos juros baixos, valorizaria o real e as ações mudariam de patamar. "O lado externo pode estragar um pouco, mas mesmo assim o Brasil vai bem porque o investidor estrangeiro está bastante tímido em Brasil, tanto em bolsa quanto em renda fixa", diz Sergio Silva, da AZ Quest. "O capital externo pode efetivamente voltar e encontrar um cenário muito positivo, em que o país tem condições crescer alguns anos sem pressão inflacionária."