Depois do recorde em emissões de debêntures em 2018, com R$ 147 bilhões, segundo levantamento da B3, o mercado espera outro ano aquecido para essas operações em 2019. A manutenção da taxa Selic em patamar baixo, a maior demanda dos investidores por crédito privado e a perspectiva de retomada dos investimentos com a aceleração da economia devem impulsionar as ofertas.
As emissões de debêntures de infraestrutura (debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda) também foram recorde em 2018, chegando a R$ 21,970 bilhões até novembro - avanço de 142,5% em relação ao volume total de 2017, mas ainda uma parcela pequena do total captado nesse segmento.
Diante da taxa básica de juros mais baixa, a demanda por papéis de crédito privado cresceu. A fatia de debêntures em carteira dos fundos de investimentos, por exemplo, subiu de 2,88% para 3,6%.
O aumento da fatia de crédito privado também foi verificado no portfólio dos clientes do private banking. No Banco do Brasil, por exemplo, o total de recursos alocado em debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI) e do Agronegócio (CRA) nas carteiras dos clientes de private banking cresceu 37% de setembro de 2017 a setembro de 2018 - acima da média do mercado.