Caberá ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a coordenação das articulações políticas com o Congresso para tramitar a proposta de reforma da Previdência. O ministro se reúne agora o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com líderes dos partidos para distensionar as relações que se transformaram, nos últimos dias, em um verdadeiro cabo de guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e Maia.
Considerado habilidoso e com um discurso sólido e transparente sobre a importância da reforma, Guedes tem uma boa relação com o presidente da Câmara. Foi Maia, inclusive, que passou para o ministro a elevada temperatura oposicionista que Guedes encontraria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), se ele comparecesse à reunião marcada para terça-feira.
Ao contrário do que se especula, o ministro da Economia não pretende deixar o governo diante das dificuldades políticas. Segundo fontes que lhe são próximas, Guedes tem um sentido de missão e está disposto a cumpri-la.
As dificuldades políticas, porém, não tem nada a ver com supostas divergências ideológicas. O que está em jogo é poder, cargos e liberação de dinheiro das emendas parlamentares. A rachadura entre Bolsonaro e Maia expressa esse cenário.
