Pela 6ª vez seguida, mercado revê projeção de crescimento do PIB

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A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 ficou em 1,97% na pesquisa semanal Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. Apesar da pequena diferença para o levantamento anterior, de 1,98%, o dado chama atenção por não interromper a sequência de quedas, agora seis consecutivas, nas expectativas coletadas até o fim da semana anterior à publicação.

No mês passado, acompanhando o movimento recente das principais consultorias e instituições financeiras do mercado, o BC revisou sua estimativa para o crescimento da economia em 2019, dos 2,4% previstos no Relatório de Inflação (RI) divulgado em dezembro para 2,0% na atualização trimestral de março do documento.

O Ministério da Economia já havia reduzido sua projeção de crescimento da economia brasileira neste ano de 2,5% para 2,2% no primeiro Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do ano, instrumento por meio do qual o Ministério da Economia atualiza projeções para indicadores fiscais e macroeconômicos.

A mediana das projeções para a economia brasileira neste ano ficou praticamente parada em 3,00% entre o fim de fevereiro e o começo de junho do ano passado, de acordo com o levantamento sistemático do BC. Do fim do primeiro semestre até o fim de fevereiro, quando houve a divulgação do PIB de 2018, a estimativa vinha ficando em torno dos 2,50%. Desde então, sofreu sucessivos cortes, até chegar ao percentual atual.

Por outro lado, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019 voltou a subir, de 3,89% para 3,90%. Para os próximos 12 meses, a pesquisa indicou queda, de 3,89% para 3,83%.

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros não sofreu alterações: manteve-se em 6,50% no fim de 2019 e 7,50% no de 2020, tanto entre os economistas em geral quanto entre os campeões de acertos.

As medianas das estimativas para o dólar no fim de 2019 foram novamente mantidas em R$ 3,70 entre os economistas em geral e entre os que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo.

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