PIB da Zona do Euro tem leve alta; Alemanha evita recessão por pouco

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O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% no quarto trimestre, em comparação com os três meses anteriores, e 1,2% ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia. A leitura veio em linha com a expectativa de consenso de economistas ouvidos pelo The Wall Street Journal.

O crescimento anualizado foi revisado de 0,9% para 0,8% no 4º trimestre. No ano de 2018, o crescimento do PIB da zona do euro foi de 1,8%, com ajuste sazonal e a efeitos de calendário. Trata-se de uma forte desaceleração ante a leitura de 2017, quando a economia do bloco monetária havia crescido 2,4%.

Já a economia alemã ficou perto de ingressar na primeira recessão em seis anos no quarto trimestre de 2018 e parece encaminhar-se para mais um ano de fraco crescimento ante a incerteza sobre o comércio global, com a maioria dos economistas projetando crescimento pouco acima de 1% para 2019.

O PIB da Alemanha quase ficou sem variação no quarto trimestre, com uma taxa de crescimento anualizada de 0,1%, segundo o instituto federal de estatística, o Destatis.

A queda abrupta da economia alemã no segundo semestre do ano passado reflete, em parte, problemas de curto prazo nas indústrias automotiva e química, importantes segmentos do país. Mas a fraca demanda da China e de outras regiões pelas exportações da Alemanha foi relevante, e deve continuar a restringir o crescimento do país este ano.

A Alemanha também enfrenta a ameaça de elevação das tarifas dos EUA sobre os automóveis europeus e os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia, possivelmente sem um acordo. “Os fatores negativos para os exportadores alemães devem prosseguir”, diz Andreas Rees, economista do UniCredit.


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